Com um fazer literário instigante, João Gilberto Noll insere-se na literatura brasileira contemporânea como um dos ficcionistas de destaque dos últimos trinta anos. Ao recorrer a uma linguagem fragmentada, o autor dá vida ao ser nômade da contemporaneidade, revela homens que cultivam incertezas do momento presente e que deixam a vida acontecer em uma fluidez acelerada. Noll traz em suas narrativas, protagonistas que transitam entre o ser e o não ser, personagens que trafegam entre um lugar e outro em um nomadismo territorial e identitário que não cessa. A partir desses destaques dados à produção literária de João Gilberto Noll, objetivamos neste trabalho analisar a representação da errância e a(s) subjetividade(s) do corpo na obra A Fúria do Corpo. Para tal, buscamos amparo teórico na filosofia através de autores como Deleuze e Guattari (1995), os quais discutem os conceitos de rizoma e desterritorialização, reterritorialização. Destarte, para fundamentar as discussões sobre o corpo e as subjetividades evocamos Foucault (1999), bem como outros que se fizerem pertinentes ao longo do texto, bem como Michel Maffesoli (2001) para auxiliar na discussão acerca do nomadismo e/ou errância dos sujeitos na contemporaneidade.
Palavras-chave: Corpo, Identidade, subjetividade, nomadismo.