AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE IDOSOS INTITUCIONALIZADOS COM DECLÍNIO COGNITIVOMarina Carneiro Dutra (Universidade Católica de Brasília); Sarah Brandão Pinheiro (UCB); Júlio César Guimarães Freire (UEPB); Fernanda Veriato de Sousa (IFPB); Rayana dos Santos Freitas (FCM-CG).INTRODUÇÃO: As melhorias dos cuidados de saúde e das condições socioeconômicas contribuíram para o aumento da longevidade da população, o qual se associa a uma maior prevalência de doenças crônicas e declínio das capacidades cognitivas. As condições de cronicidade, na maioria das vezes, são geradoras de um processo incapacitante, ou seja, o processo pelo qual uma determinada condição afeta a funcionalidade da pessoa idosa. Os declínios cognitivos podem comprometer a funcionalidade ocupacional ou social do idoso, nesse contexto, a funcionalidade é definida como a capacidade de desempenhar as atividades da vida cotidiana. A capacidade funcional é fundamental para uma melhor qualidade de vida na velhice. Sua perda está associada à predição de fragilidade, dependência, institucionalização, risco aumentado de quedas, morte e problemas de mobilidade, trazendo complicações ao longo do tempo e gerando a necessidade de cuidados permanentes e de alto custo. OBJETIVO: Avaliar a capacidade funcional de idosos institucionalizados com declínio cognitivo. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, explratório, descritivo e documenta,londe foram revisados os prontuários dos idosos institucionalizados no Lar Francisco de Assis, localizado em Brasília – Distrito Federal. Foram incluídos no estudo os idosos, cujos prontuários apresentassem avaliação cognitiva por meio do Mini Exame do Estado Mental – MEEM e avaliação funcional por meio da Escala de avaliação funcional de Katz, 51 prontuários foram revisados, sendo verificados os escores encontrados em ambas as escalas. Os dados foram expressos através de análise descritiva com média e frequência. RESULTADOS: Dos 51 prontuários analisados, em 43 o MEEM apresentou escore compatível com declínio cognitivo, sendo o escore médio de 7,7. Dentre estes 30,2 % (13 idosos) obtiveram escore 5 ou 6 na escala de Katz sendo considerados como independentes, 7% ( 3 idosos) obtiveram escore 4 ou 5, enquadrando-se como dependência moderada e 62,8% (27 idosos) obriveram 0, 1 ou 2, na escala de Katz, sendo considerados como totalmente dependentes. CONCLUSÃO: Como corroborado na literatura, apesar de o processo de envelhecimento não está essencialmente alistado a doenças e incapacidades, as doenças crônico-degenerativas destacam-se por serem frequentemente encontradas entre a população senil. Observa-se um número crescente deste universo etário que, apesar de viverem mais, expõem maiores condições crônicas, e este aumento manifesta-se diretamente relacionado a uma maior inaptidão das condições funcionais, caracterizando estatísticas que fora encontradas tanto neste estudo como literatura consultada. Inferiu-se ainda que se faz cogente que os profissionais de saúde estejam cautelosos e aptos a avaliar estes declínios, uma vez que a incapacidade interfere diretamente na qualidade de vida do idoso, da família e do sistema de saúde, sendo causadora de maior vulnerabilidade e dependência na velhice.Palavras-chave: Idoso, Funcionalidade, Cognição.