O Japão é um dos países com maior expectativa de vida para homens (80,2 anos) e mulheres (86,6 anos), apresentando cerca de 26% de sua população (33 milhões de pessoas) acima de 65 anos. Com uma tendência ainda maior no crescimento no número de idosos, a artrose de joelho, doença crônica, multifatorial, ocasionada pelo desgaste das cartilagens que reveste as extremidades ósseas; pode ocasionar dor, rigidez, deformidades e é uma das principais doenças que pode levar a uma incapacidade funcional progressiva. Esta patologia comum no processo de envelhecimento, tem-se tornado muito presente no dia a dia de médicos, fisioterapeutas, professores de educação física e profissionais da saúde de um modo geral. O objetivo deste estudo foi conhecer as principais técnicas de reabilitação e a utilização de órteses, para a população idosa com artrose de joelho no Japão. Para a realização deste estudo houve uma parceria entre a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Centro de Reabilitação da Universidade de Ryukyu e Clínica Sakima, localizados na província de Okinawa/Japão. O estudo teve duração total de 40 dias e carga horária de 264 horas. A Clinica Sakima é um dos principais centros de produção de próteses e órteses no Japão. As órteses são feitas com fibra de carbono, material leve e de alta durabilidade, sendo compostos por 3 pontos de apoio e uma ponte central conhecida como “CB-Brace”, onde o principal objetivo é a redução de carga na articulação. Devido ao aumento da população idosa, atualmente o Japão possui diversos Centros de Reabilitação de uso diário, sem pernoite e no qual o idoso pode realizar atividades lúdicas, exercícios físicos, massagem, etc. A Clinica Sakima faz atendimento nestes centros e em hospitais, para atender a população idosa com artrose. As órteses são confeccionadas de modo individualizado e há um acompanhamento frequente para ajuste e manutenção das órteses. A demanda por profissionais da saúde, voltados para o processo de reabilitação dos pacientes idosos com diversas patologias crônicas, faz com que hoje o Japão, tenha várias escolas profissionalizantes, como o oferecido pela Universidade de Ryukyu, voltados para áreas específicas da reabilitação, sendo todos cursos distintos, como: reabilitação hospitalar, reabilitação para idosos, reabilitação esportiva, reabilitação aquáticas, dentre outras. O Japão possui uma excelente infraestrutura e assistência para o atendimento aos idosos. Com a crescente expectativa de vida nos países em desenvolvimento, futuramente países como o Brasil, podem utilizar a metodologia japonesa como modelo para a criação de políticas públicas voltadas ao atendimento da população idosa. Apoio Japan International Cooperation Agency (JICA).