Resumo: O futebol e o futsal feminino são modalidades que há pouco tempo tiveram a sua prática oficializada, final do século XX, e por não serem práticas valorizadas, possuem poucos estudos apresentados na literatura. Esta revisão bibliográfica tem como objetivo identificar em bases de dados os artigos que tratam do preconceito de gênero no esporte e analisar o conteúdo desses artigos. Método: A revisão bibliográfica foi realizada em duas (2) bases de dados: Lilacs e Scielo. Utilizando os seguintes descritores: futsal feminino, preconceito no futebol e preconceito de gênero no esporte. No total foram encontrados poucos artigos (total de 74 artigos), desse total somente seis (6) artigos foram relevantes para o projeto por tratarem de questões de gênero no esporte, já que a maior parte dos artigos está na área da fisiologia do esporte, biomecânica, motricidade humana e de outras formas de discriminação (homofobia/racismo) no futebol. Resultados: No estudo realizado por Hillebrand; Grossi e Moraes (2008) com 43 do esporte universitário na PUCRS evidenciou a presença do preconceito de gênero envolvido com a prática do futsal, o mesmo tipo preconceito foi constatado no futebol, como mostra Salvini; Júnior (2016) no qual foram entrevistadas quatro jogadoras de um clube de futebol amador da cidade de Curitiba-PR. No estudo de Altmann; Reis (2013) em que se entrevistou 16 jogadoras de seis países da América do Sul, conclui-se que elas se constituíram como jogadoras a partir da prática informal do futebol em companhia de homens e que para jogar, precisaram dominar habilidades futebolísticas e enfrentar barreiras sociais. Por sua vez Silveira; Stigger (2013) concluíram após um ano de observação de campo e entrevistas, que a prática do futsal está fortemente vinculada a questões de gênero e sexualidade dentro e fora de quadra. No âmbito do futebol, encontra-se Teixeira; Caminha (2013) onde a partir da literatura científica concluíram que o preconceito sobre as mulheres é causado pela ideia de incompetência e fragilidade fundadas no discurso das diferenças biológicas. Apresenta o mesmo direcionamento Ferretti; Viana; Zuzzi e Júnior (2011) onde a partir da análise do caderno Pequim 2008 do jornal Folha de São Paulo, concluíram que as entidades perpetuam a diferença hierárquica entre os sexos e que devido ao futebol ser visto como espaço masculino a mídia exigiu melhores resultados dos homens. Conclusão: Posteriormente as análises dos estudos apresentados, induzem a hipótese do fenômeno preconceito de gênero nas modalidades de futebol e futsal feminino. Mesmo assim são poucos os estudos sobre o tema, demonstrando a necessidade de mais pesquisas nessa área.
Apoio PIBIC.