O exercício físico tem se mostrado uma ferramenta importante no tratamento da doença de Alzheimer (DA). Um dos mecanismos putativos que embasam os efeitos positivos do exercício físico na DA, é o fator de crescimento semelhante à insulina -1 (IGF-1). O objetivo deste estudo foi verificar a resposta do exercício aeróbio na atividade elétrica encefálica em ratos selvagens, ratos modelos pré sintomáticos da DA, e ratos com deficiência de IGF-1. Para tanto foram utilizados três grupos de animais: 1) Camundongos selvagens (WT; n=9); 2) Camundongos modelo pré sintomático da DA (APP/PS1; n= 9) e 3) Camundongos com deficiência de IGF-1 no fígado (LID; n=5). Para tanto, registros de eletrocorticograma (ECG) foram realizados. Um macro-eletrodo de aço inoxidável de <0,5 MΩ foi colocado nos animais sem interromper as meninges para registrar a atividade elétrica cortical (ECG), usando implantes telemétricos da marca DSI. Após o mínimo de 4 dias de recuperação, os ratos foram submetidos a uma sessão de exercício aeróbio realizado em esteira ergométrica, com velocidade de 9 metros/ min, durante 15 minutos em dois dias e, 30 minutos em outros dois dias. Nestas sessões, foram registrados o ECG durante o período de 5 minutos, nos momentos antes (baseline) e imediatamente ao término da sessão (Pós exercício). Sinais da atividade elétrica foram armazenados em um computador utilizando o software DSI e filtrados off-line entre 0.3-50 Hz utilizando o programa Spike 2 (Cambridge Electronic Design, Cambridge, UK). O total das 5 bandas foi considerado 100% e foi calculado o percentual relativo de cada uma para análise. Na análise estatística, foi utilizada a Análise de Variância (Anova) One Way na comparação dos grupos no momento baseline. Para comparação no momento Pós exercício foi calculado o valor delta (∆=Valores Pós-Valores Pré) para cada uma das bandas (Delta, Theta, Alpha, Beta e Gamma). Em seguida à Anova, foi utilizado o post hoc de Bonferroni, adotando p<0,05. Foram observadas diferenças significativas na banda theta entre os três grupos após realização de exercício agudo aeróbio. Desta forma, conclui-se que a resposta na banda theta é diferente na condição usual e no modelo pré sintomático de DA e, ainda pode ser dependente dos níveis de IGF-1.