Introdução: O envelhecimento da população mundial durante as últimas décadas fez com que a demência passasse a ser um importante problema de saúde pública, sendo a demência de Alzheimer (DA) considerada a mais frequente. Estima-se que 6% da população brasileira acima de 60 anos são acometidos pela DA. Esta patologia clinicamente é caracterizada por um processo neurodegenerativo, associado a uma deterioração progressiva, tanto das funções cognitivas como no comportamento e personalidade. Objetivo: O presente estudo teve o objetivo de descrever a assistência fisioterapêutica na melhoria na qualidade de vida dos idosos com DA, e, especificamente, identificar sinais e sintomas na DA, mostrar o papel do fisioterapeuta na relação socioafetiva com o paciente, além de descrever o tratamento fisioterapêutico. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura em livros e artigos científicos pesquisados nas bases de dados eletrônicas Bireme, Scielo e Google acadêmico, no qual foram selecionados artigos de 2008 a 2013, utilizando os descritores Demência de Alzheimer e Fisioterapia na Demência de Alzheimer. Resultados: A DA é uma doença crônica e progressiva que reflete um envolvimento relativamente seletivo das regiões parietal, temporal medial, convexidade frontal e basal da parte anterior do cérebro encontrados em autópsia. Os autores afirmam que dentre as alterações neurológicas incluem a perda neuronal, gliose, abundância de placas “senis”, emaranhados neurofibrilares e degeneração granulovascular. As anormalidades neuroquímicas na DA incluem a depleção colinérgicanos núcleos basais de Meynert e distúrbios mais variáveis dos sistemas noradrenérgicos e serotonérgicos. Sendo os sintomas mais comuns na DA são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação. Os autores propõem que o fisioterapeuta na DA tem o papel de prevenir contraturas articulares, mobilização das secreções pulmonares, encurtamentos musculares e manutenção da massa muscular na prevenção de atrofias, melhorando equilíbrio e marcha dessa forma prolongar o tempo de independência do paciente. A cinesioterapia pode ser utilizada para manter ou melhorar a amplitude de movimento e a força muscular. Nas fases iniciais, um programa de alongamento, exercícios aeróbicos e com carga serão necessários para a prevenção de problemas osteoarticulares e cardiovasculares. Dados da literatura mostram que os exercícios fisioterapêuticos influenciaram na manutenção da memória e da capacidade funcional do indivíduo, acometido pela DA, em virtude da melhora da amplitude de movimento, do equilíbrio e força muscular, além do aumento na autoestima e no humor destes indivíduos, melhorando as relações interpessoais do paciente. A assistência fisioterapêutica na relação socioafetiva e interpessoal do paciente de DA é fundamental no processo de retardo desta demência, pois as relações sociais destes pacientes se tornam cada vez mais complicadas à medida que a doença vai progredindo. Conclusão: Os idosos passam a apresentar destaque na pirâmide demográfica mundial, e nessa situação a assistência fisioterapêutica é de grande importância por melhorar a amplitude de movimento, força, flexibilidade, capacitando o idoso a realizar movimentos funcionais e dando-lhes independência para a prática de atividades da vida diária.