O conceito de Bem Estar Subjetivo (BES) engloba os diversos aspectos da vida do indivíduo, como sua vida social, familiar e profissional. A tuberculose é uma doença extremamente carregada de estigma, preconceitos e tabus que persistem ate os dias de hoje, apesar dos avanços técnico-científicos. O estigma afeta a vida dos indivíduos nos seus aspectos físicos, psicológicos, sociais e econômicos e, representa o conjunto de fatores como crenças, medos, preconceitos, sentimento de exclusão que atinge os indivíduos com a doença. O estigma e o preconceito associados à conjuntura da doença no passado permanecem no imaginário da sociedade trazendo sofrimento psíquico aos seus portadores com repercussões tanto na vida pessoal quanto profissional. O objetivo deste estudo foi identificar o Bem Estar Subjetivo em idosos com diagnóstico de tuberculose em um município da Paraíba. Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, desenvolvido em um Centro de Saúde de um município da Paraíba, tendo como amostra 20 idosos. Para coleta de dados, foi utilizado um questionário biodemográfico e a Escala de Bem Estar Subjetivo. O processamento se deu pelo Software Assistat 7.6 versão beta e a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética das Faculdades Integradas de Patos-PB. Os resultados demonstram que 74% é do gênero masculino, 30% entre 61 e 69 anos, 55% sem estudos, 60% casado, 25% do lar, 90% possui menos de 1 salário mínimo como renda, 50% obteve o diagnóstico de TB entre 1 e 4 meses e 50% entre 5 e 8 meses. Na avaliação do BES foram encontradas correlações significativas entre os afetos positivos e negativos, os dados apontaram que os indivíduos da pesquisa obtiveram maior aspecto negativo do que positivo, com diferença de 0,3. A amostra em estudo apresentou maiores resultados de insatisfação com a vida, sendo 15,3 no nível de concordância, enquanto que, satisfação com a vida, o nível de concordância foi 10,9. Já o nível de discordância plena na satisfação com a vida foi 0,3 e discordância foi 8,1, enquanto que, na insatisfação não pontuaram a discordância plena e o nível de discordância foi 4,7. Conclui-se que os idosos analisados avaliam negativamente o Bem Estar Subjetivo e as principais dificuldades estão relacionadas ao fator socioeconômico dos pacientes, além do baixo nível de escolaridade que dificulta um melhor entendimento das práticas necessárias para obtenção de cura, visto que o medo permeado pelo estigma impossibilita o processo de cura e menor transmissibilidade da doença para a família.