Introdução: A depressão pode ser desencadeada ou exarcebada frente a dependência química. Como doença psquiátrica muito comum na velhice prejudica a qualidade de vida, e pode ser piorada na presença da dependência química. Longe de ser um problema de saúde pública restrito apenas aos mais jovens, a dependencia química tem despertado preocupação quando enfrentada por idosos, tendo em vista, que a drogadição está relacionada a altos índices de morbidade e mortalidade entre idosos. Objetivos: Identificar a presença da depressão na população idosa, com 60 anos ou mais, em tratamento na unidade do Centro de Atenção Psicossocial Álcool Drogas (CAPS AD) da cidade de Campina Grande-PB. Metodologia: Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, realizada no Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) da cidade de Campina Grande-PB, no período de fevereiro a abril de 2013. Participaram do estudo 10 sujeitos de ambos os sexos e idade igual ou superior a 60 anos. Foi aplicada a Escala de Depressão Geriátrica – Yesavage e uma ficha com dados básicos relacionados à saúde, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Resultados: Dos 10 idosos em tratamento da dependência química no CAPS AD, 9 são do sexo masculino e uma do sexo feminino com idade entre 60 e 67 anos. 70% dos idosos apresentavam depressão e relataram fazer uso do fármaco Diazepan. Fatores como o afastamento profissional, sentir-se improdutivo, a solidão, o isolamento, o enfrentamento da própria morte, a perda de pessoas próximas e até problemas familiares podem favorecer o aparecimento ou reaparecimento da drogadição e suas consequências durante a velhice, incluindo a depressão. Quando estimulados a classificar sua saúde, 60% classificaram como “boa”. Com relação a Escala de Depressão Geriátrica, 30% da amostra apresentaram suspeição de depressão.Conclusão: A presença masculina predomina no grupo em tratamento no CAPS AD. 70% dos idosos em tratamento da dependência química fazem uso de medicamentos para controle da depressão. Os problemas enfrentados no cotidiano do idoso, como absenteísmo, conduz ao isolamento limitando as possibilidades de vida social. O profissional de saúde deve manter-se atento a tais fatores, para prover tratamento/acompanhamento adequado a essa população.