Introdução: De acordo com alguns estudos epidemiológicos, cerca de um terço da população idosa começa a fazer uso do álcool tardiamente. São comuns os problemas relacionados ao abuso do álcool em indivíduos maiores de 50 anos, mas por serem pouco reconhecidos são denominados por alguns autores de "epidemia invisível", pois os dados exatos podem não refletir a verdadeira realidade. As mudanças biopsicossociais presentes no envelhecimento, principalmente as de cunho social, como a aposentadoria, perda de amigos, isolamento social e solidão, podem colocar os idosos em uma situação de vulnerabilidade, viabilizando o consumo abusivo de substâncias psicoativas, tais como o tabaco e álcool.Objetivo: Demonstrar aos profissionais de saúde que a ingestão de outras drogas concomitantes ao tabaco é algo comum, principalmente o álcool, e que ambas as práticas devem ser combatidas, principalmente em indivíduos com idade mais avançada.Metodologia: Análise retrospectiva baseando-se em um questionário estruturado, aplicado no período de março a junho de 2012. A pesquisa, vinculada ao Programa de Bolsas de Extensão “Tratamento do Tabagismo: enfoque mutidiciplinar”, foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Alcides Carneiros (CEP-HUAC). Foram selecionados 80 pacientes, porém apenas 50 preencheram os critérios de inclusão, que foram ter concordado e assinado termo de consentimento livre e esclarecido e ter idade maior ou igual a 50 anos.Resultados: 28% da população analisada não faz uso de nenhuma bebida alcoólica, 38% fazem uso de bebidas ocasionalmente, apenas no final de semana; 20% fazem uso de bebidas em todos os finais de semana, poupando os dias úteis; 10% ingerem bebidas frequentemente, em dias úteis e finais de semana, porém não diariamente, 4% ingerem bebidas alcoólicas diariamente.Conclusão: Conclui-se que é considerável o uso de bebidas alcoólicas na população de idade mais avançada, demonstrando a importância e a necessidade de se instalar medidas terapêuticas comportamentais específicas para a idade mais idosa, pois a prevalência desse hábito é alta.