Introdução: As quedas em idosos estão entre as principais causas de hospitalização, sejam elas decorrentes a fatores intrínsecos, extrínsecos e/ou iatrogênicos; e podem comprometer o estado de saúde da pessoa idosa. O idoso pode permanecer imobilizado por tempo prolongado no leito, com risco de desenvolver úlcera por pressão. Outra complicação é a restrição de suas atividades diárias, o que os fazem tornar mais dependentes dos cuidadores/familiares. Objetivo: descrever os fatores de quedas em idosos e suas consequências. Metodologia: Pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem quantitativa desenvolvida em um hospital municipal da região Metropolitana do Cariri Cearense no ano de 2010. A amostra foi composta por 100 idosos que foram internados por queda no período compreendido entre agosto de 2009 a julho de 2010. Utilizou-se um formulário com variáveis sobre perfil sociodemográfico dos idosos; fatores intrínsecos, extrínsecos, iatrogênicos, e conseqüências das quedas. As informações coletadas foram extraídas dos registros dos prontuários dos idosos. Os dados foram compilados e apresentados em gráficos e tabelas; a análise deu-se a partir da literatura pertinente. O estudo seguiu a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Os resultados evidenciaram que 64% dos idosos admitidos por queda eram do sexo feminino; a faixa etária prevalente foi entre 60 e 70 anos de idade; 47% eram casados, 29% viúvos, 22% solteiros e 2% divorciados. Outros fatores que estavam relacionados às quedas foram os problemas visuais, com 68%; 5% tinham o diagnóstico da doença de Parkinson; 22% de idosos tinham distúrbio auditivo e 20% possuíam animal doméstico. Sobre os riscos iatrogênicos, 36% faziam uso de antihipertensivos, 20% diuréticos, 20% hipoglicemiantes, 12% antiarritímicos,11% ansiolíticos e 1% não fazia uso de nenhum medicamento. 95% apresentaram como causa definida, a queda da própria altura; 3% de escadas, 1% da cama e 1% de andaime. Como conseqüência, 95% tiveram fratura, sendo que destes, 48,39% foi no fêmur, 11,57% na ulna, 9,47% no rádio, 8,45% na patela, 8,45% no tornozelo, 4,21% no úmero, 4,21% na tíbia, 2,1% no quadril, 2,1% nas costelas e 1,05% no cotovelo. As conseqüências dos demais foram edema (2%), luxação (2%) e entorse (1%). Quanto o tempo de hospitalização, 49% permaneceu por mais de cinco dias internados, ficando predispostos à úlcera por pressão, distúrbios respiratórios, baixa autoestima, dentre outras complicações. Conclusão: Conclui-se que é necessário a implementação de cuidados direcionados a prevenção de quedas, visto o número alarmante de admissões de idosos e as repercussões que elas podem causar na vida dessas pessoas.