A retrogênese psicomotora que ocorre durante o processo de envelhecimento resulta em uma involução dos sistemas, o que gera modificações dos comportamentos motores, perceptivos, cognitivos, sensoriais, sociais e emocionais do indivíduo, sendo de fundamental importância a utilização de recursos que possam estimular conjuntamente os diversos sistemas. Nesse sentido, a psicomotricidade emerge como instrumento valioso de integração das principais funções psicofísicas com a motricidade humana. O objetivo desse estudo foi apresentar a psicomotricidade como coadjuvante da Fisioterapia na melhora do equilíbrio, marcha e força de membros inferiores de idosos institucionalizados. Trata-se de uma pesquisa quase experimental, realizada em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. A amostra contou com 8 idosos de ambos os sexos, obtidos por acessibilidade. O programa de intervenção psicomotora foi realizado 2 vezes por semana por 2 meses, totalizando dez encontros. Como instrumentos de medidas foram utilizados o Mini Exame do Estado Mental e Short Physical Performance Battery. Os dados foram analisados através de testes estatísticos descritivos e o teste T-student. A idade média dos participantes foi de 76,25+11,4, sendo 75% (n=6) do sexo masculino. Verificou-se boa cognição ou leve transtorno cognitivo, obtendo-se média do MEEM de 18,3+5,1. Após intervenção observou-se incremento funcional global (μ_pré=7,75; μ_pós 9,26) significante (p=0,003), com melhora significativa (p= 0,006) do equilíbrio corporal (μ_pré=2,88; μ_pós=3,75), incremento na velocidade de marcha (μ_pré=2,63 e μ_pós=2,88) e força de membros inferiores (μ_pré=2,25; μ_pós=2,63). Constatou-se que a prática de atividades psicomotoras como coadjuvante da Fisioterapia contribuiu positivamente no desempenho funcional dos idosos institucionalizados, no que concerne ao equilíbrio, marcha e força de membros inferiores, representando ferramenta valiosa para incremento dessas funções.