Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SAMU NO BRASIL NA DÉCADA 2007-2016.

Palavra-chaves: SERVIÇOS MÉDICOS DE EMERGÊNCIA, ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR, SAMU Pôster (PO) AT-07: Saúde Coletiva
"2017-06-14 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 29038
    "edicao_id" => 60
    "trabalho_id" => 284
    "inscrito_id" => 291
    "titulo" => "ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SAMU NO BRASIL NA DÉCADA 2007-2016."
    "resumo" => """
      Introdução:\r\n
      Desde o início da década passada o Ministério da Saúde concentrou esforços na implementação a Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU), na qual o SAMU 192 é elemento essencial. Tal política visa assegurar a universalidade do acesso, a integralidade na assistência e a equidade na disposição dos recursos, através de uma rede de atenção integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas, de acordo com os princípios do SUS (BRASIL, 2000; BRASIL, 2003).\r\n
      Atualmente, o SAMU é composto por Centrais de Regulação Médica das Urgências e Unidades Móveis de Nível Pré-hospitalar na Área de Urgência e Emergência (atendimento aéreo, ambulancha, motolância, veículo de intervenção rápida, as equipes de atendimento das unidades de suporte básico e suporte avançado de vida) destinados a conferir atendimento de urgência e emergência pré-hospitalar aos pacientes vítimas de agravos a sua saúde. O serviço cobre 79.37% da população brasileira: 163,5 milhões habitantes, distribuídos nos mais de 3.000 municípios com acesso ao SAMU 192 no território nacional (BRASIL, 2001; SCARPELINI, 2007; BRASIL, 2011).\r\n
      Deste modo, por ser um equipamento de saúde tão importante e de abrangência nacional surge a necessidade de analisar a evolução do SAMU no Brasil ao longo dos últimos 10 anos de operacionalização do serviço, por meio da estrutura de unidades móveis e dos valores investidos no período (MINAYO, 2008).\r\n
      \r\n
      Métodologia:\r\n
      Estudo transversal de abordagem quantitativa, através de uma análise descritiva, utilizando-se georreferenciamento. O período de estudo foi de janeiro de 2007 a dezembro de 2016 (120 meses) em todo o território brasileiro, foi feito o agrupamento dos meses e calculada a média por ano. Os dados são provenientes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e da Coordenação Geral de Urgência e Emergência, ambos do Ministério da Saúde. A análise foi realizada no software Microsoft Office Excel 2010 e TABWIN. O georreferenciamento foi realizado com a base geográfica por unidades de federação do IBGE no software TerraView. Variáveis analisadas: Valores investidos e número de unidades móveis de nível pré-hospitalar na área de urgência e emergência por estado e região.\r\n
      \r\n
      Resultados e discussão:\r\n
      A análise dos dados do CNES demonstrou que o crescimento de unidades móveis do SAMU no Brasil foi de 1421.60% (555 – 7.888) do ano de 2007 a 2016, enquanto os recursos repassados pelo Ministério para custeio do serviço tiveram aumento de 384.04% (R$ 257.881.500,00 – R$ 990.357.910,18), de acordo com o Fundo Nacional de Saúde. Observa-se ainda um repentino aumento de viaturas do SAMU do ano de 2011 ao ano de 2014 (625.76%; (1.132 – 7.081).\r\n
      É notável que o elevado aumento das unidades do SAMU na nação foi precedido de maiores repasses, os quais se intensificaram de 2008 a 2013, resultando no aumento do ano 2011 a 2015. Um fato interessante é que de 2015 para 2016 houve uma redução de 2,33% (R$ 23.701.975,64) dos repasses. Decorrendo numa desaceleração do crescimento, inclusive com alguns estados apresentando redução nas unidades, como é o caso dos estados: Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Goiás.\r\n
      No panorama mais detalhado, a Região Norte do país apresentou aumento de 2551.47% (23 – 578) de unidades, destacando-se o estado do Pará (11683.33%; 2 – 234), seguido do estado de Rondônia (6550.00%; 1 – 44) no período em análise. O estado do Amazonas só começou a registrar as viaturas no ano de 2012, isso pode ser explicado pela implementação tardia do serviço, inicialmente operado por outros equipamentos de saúde, e pela subnotificação dos dados. \r\n
      As Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as principais ampliações em números absolutos, tendo a primeira região passado de 150 para 2.707 unidades (1808.80%) e a segunda de 152 para 2.680 (1767.14%), havendo as unidades no estado do Piauí crescido 11250.00% (2 – 225) na década. A Região Sul registrou uma ampliação em 805.27% (155 – 1.247), enquanto a Região Centro-Oeste notificou uma elevação de 888.16% (76 – 675) unidades.\r\n
      \r\n
      Conclusões:\r\n
      As séries históricas demonstraram que, enquanto houve investimento crescente, o serviço apresentou desenvolvimento e expansão no número de unidades. Apesar de a redução ter sido discreta no último ano da análise (2016), este foi o primeiro momento da década em que se observou o decréscimo. \r\n
      Considerando a aprovação da Emenda Constitucional EC55, a qual entrará em vigor a partir do ano de 2018 e prevê o congelamento dos gastos públicos, é provável que ocorra uma redução ainda maior nos investimentos em saúde. Deste modo, a perspectiva é que advenha uma diminuição bem mais significante do número de equipes nos próximos anos, ameaçando assim os princípios basilares do SUS.
      """
    "modalidade" => "Pôster (PO)"
    "area_tematica" => "AT-07: Saúde Coletiva"
    "palavra_chave" => "SERVIÇOS MÉDICOS DE EMERGÊNCIA, ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR, SAMU"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV071_MD4_SA7_ID291_02052017152239.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:14"
    "updated_at" => "2020-06-09 19:29:30"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "JOÃO PAULO TEIXEIRA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "PAULO TEIXEIRA"
    "autor_email" => "joao-pauloteixeira@hotmai"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-ii-conbracis"
    "edicao_nome" => "Anais II CONBRACIS"
    "edicao_evento" => "II Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde"
    "edicao_ano" => 2017
    "edicao_pasta" => "anais/conbracis/2017"
    "edicao_logo" => "5e4a0123e6440_16022020235739.jpg"
    "edicao_capa" => "641aecd764dc9_22032023085607.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2017-06-14 00:00:00"
    "publicacao_id" => 29
    "publicacao_nome" => "Anais Conbracis"
    "publicacao_codigo" => "2525-6696"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 29038
    "edicao_id" => 60
    "trabalho_id" => 284
    "inscrito_id" => 291
    "titulo" => "ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SAMU NO BRASIL NA DÉCADA 2007-2016."
    "resumo" => """
      Introdução:\r\n
      Desde o início da década passada o Ministério da Saúde concentrou esforços na implementação a Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU), na qual o SAMU 192 é elemento essencial. Tal política visa assegurar a universalidade do acesso, a integralidade na assistência e a equidade na disposição dos recursos, através de uma rede de atenção integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas, de acordo com os princípios do SUS (BRASIL, 2000; BRASIL, 2003).\r\n
      Atualmente, o SAMU é composto por Centrais de Regulação Médica das Urgências e Unidades Móveis de Nível Pré-hospitalar na Área de Urgência e Emergência (atendimento aéreo, ambulancha, motolância, veículo de intervenção rápida, as equipes de atendimento das unidades de suporte básico e suporte avançado de vida) destinados a conferir atendimento de urgência e emergência pré-hospitalar aos pacientes vítimas de agravos a sua saúde. O serviço cobre 79.37% da população brasileira: 163,5 milhões habitantes, distribuídos nos mais de 3.000 municípios com acesso ao SAMU 192 no território nacional (BRASIL, 2001; SCARPELINI, 2007; BRASIL, 2011).\r\n
      Deste modo, por ser um equipamento de saúde tão importante e de abrangência nacional surge a necessidade de analisar a evolução do SAMU no Brasil ao longo dos últimos 10 anos de operacionalização do serviço, por meio da estrutura de unidades móveis e dos valores investidos no período (MINAYO, 2008).\r\n
      \r\n
      Métodologia:\r\n
      Estudo transversal de abordagem quantitativa, através de uma análise descritiva, utilizando-se georreferenciamento. O período de estudo foi de janeiro de 2007 a dezembro de 2016 (120 meses) em todo o território brasileiro, foi feito o agrupamento dos meses e calculada a média por ano. Os dados são provenientes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e da Coordenação Geral de Urgência e Emergência, ambos do Ministério da Saúde. A análise foi realizada no software Microsoft Office Excel 2010 e TABWIN. O georreferenciamento foi realizado com a base geográfica por unidades de federação do IBGE no software TerraView. Variáveis analisadas: Valores investidos e número de unidades móveis de nível pré-hospitalar na área de urgência e emergência por estado e região.\r\n
      \r\n
      Resultados e discussão:\r\n
      A análise dos dados do CNES demonstrou que o crescimento de unidades móveis do SAMU no Brasil foi de 1421.60% (555 – 7.888) do ano de 2007 a 2016, enquanto os recursos repassados pelo Ministério para custeio do serviço tiveram aumento de 384.04% (R$ 257.881.500,00 – R$ 990.357.910,18), de acordo com o Fundo Nacional de Saúde. Observa-se ainda um repentino aumento de viaturas do SAMU do ano de 2011 ao ano de 2014 (625.76%; (1.132 – 7.081).\r\n
      É notável que o elevado aumento das unidades do SAMU na nação foi precedido de maiores repasses, os quais se intensificaram de 2008 a 2013, resultando no aumento do ano 2011 a 2015. Um fato interessante é que de 2015 para 2016 houve uma redução de 2,33% (R$ 23.701.975,64) dos repasses. Decorrendo numa desaceleração do crescimento, inclusive com alguns estados apresentando redução nas unidades, como é o caso dos estados: Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Goiás.\r\n
      No panorama mais detalhado, a Região Norte do país apresentou aumento de 2551.47% (23 – 578) de unidades, destacando-se o estado do Pará (11683.33%; 2 – 234), seguido do estado de Rondônia (6550.00%; 1 – 44) no período em análise. O estado do Amazonas só começou a registrar as viaturas no ano de 2012, isso pode ser explicado pela implementação tardia do serviço, inicialmente operado por outros equipamentos de saúde, e pela subnotificação dos dados. \r\n
      As Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as principais ampliações em números absolutos, tendo a primeira região passado de 150 para 2.707 unidades (1808.80%) e a segunda de 152 para 2.680 (1767.14%), havendo as unidades no estado do Piauí crescido 11250.00% (2 – 225) na década. A Região Sul registrou uma ampliação em 805.27% (155 – 1.247), enquanto a Região Centro-Oeste notificou uma elevação de 888.16% (76 – 675) unidades.\r\n
      \r\n
      Conclusões:\r\n
      As séries históricas demonstraram que, enquanto houve investimento crescente, o serviço apresentou desenvolvimento e expansão no número de unidades. Apesar de a redução ter sido discreta no último ano da análise (2016), este foi o primeiro momento da década em que se observou o decréscimo. \r\n
      Considerando a aprovação da Emenda Constitucional EC55, a qual entrará em vigor a partir do ano de 2018 e prevê o congelamento dos gastos públicos, é provável que ocorra uma redução ainda maior nos investimentos em saúde. Deste modo, a perspectiva é que advenha uma diminuição bem mais significante do número de equipes nos próximos anos, ameaçando assim os princípios basilares do SUS.
      """
    "modalidade" => "Pôster (PO)"
    "area_tematica" => "AT-07: Saúde Coletiva"
    "palavra_chave" => "SERVIÇOS MÉDICOS DE EMERGÊNCIA, ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR, SAMU"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV071_MD4_SA7_ID291_02052017152239.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:14"
    "updated_at" => "2020-06-09 19:29:30"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "JOÃO PAULO TEIXEIRA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "PAULO TEIXEIRA"
    "autor_email" => "joao-pauloteixeira@hotmai"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-ii-conbracis"
    "edicao_nome" => "Anais II CONBRACIS"
    "edicao_evento" => "II Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde"
    "edicao_ano" => 2017
    "edicao_pasta" => "anais/conbracis/2017"
    "edicao_logo" => "5e4a0123e6440_16022020235739.jpg"
    "edicao_capa" => "641aecd764dc9_22032023085607.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2017-06-14 00:00:00"
    "publicacao_id" => 29
    "publicacao_nome" => "Anais Conbracis"
    "publicacao_codigo" => "2525-6696"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

Introdução: Desde o início da década passada o Ministério da Saúde concentrou esforços na implementação a Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU), na qual o SAMU 192 é elemento essencial. Tal política visa assegurar a universalidade do acesso, a integralidade na assistência e a equidade na disposição dos recursos, através de uma rede de atenção integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas, de acordo com os princípios do SUS (BRASIL, 2000; BRASIL, 2003). Atualmente, o SAMU é composto por Centrais de Regulação Médica das Urgências e Unidades Móveis de Nível Pré-hospitalar na Área de Urgência e Emergência (atendimento aéreo, ambulancha, motolância, veículo de intervenção rápida, as equipes de atendimento das unidades de suporte básico e suporte avançado de vida) destinados a conferir atendimento de urgência e emergência pré-hospitalar aos pacientes vítimas de agravos a sua saúde. O serviço cobre 79.37% da população brasileira: 163,5 milhões habitantes, distribuídos nos mais de 3.000 municípios com acesso ao SAMU 192 no território nacional (BRASIL, 2001; SCARPELINI, 2007; BRASIL, 2011). Deste modo, por ser um equipamento de saúde tão importante e de abrangência nacional surge a necessidade de analisar a evolução do SAMU no Brasil ao longo dos últimos 10 anos de operacionalização do serviço, por meio da estrutura de unidades móveis e dos valores investidos no período (MINAYO, 2008). Métodologia: Estudo transversal de abordagem quantitativa, através de uma análise descritiva, utilizando-se georreferenciamento. O período de estudo foi de janeiro de 2007 a dezembro de 2016 (120 meses) em todo o território brasileiro, foi feito o agrupamento dos meses e calculada a média por ano. Os dados são provenientes do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e da Coordenação Geral de Urgência e Emergência, ambos do Ministério da Saúde. A análise foi realizada no software Microsoft Office Excel 2010 e TABWIN. O georreferenciamento foi realizado com a base geográfica por unidades de federação do IBGE no software TerraView. Variáveis analisadas: Valores investidos e número de unidades móveis de nível pré-hospitalar na área de urgência e emergência por estado e região. Resultados e discussão: A análise dos dados do CNES demonstrou que o crescimento de unidades móveis do SAMU no Brasil foi de 1421.60% (555 – 7.888) do ano de 2007 a 2016, enquanto os recursos repassados pelo Ministério para custeio do serviço tiveram aumento de 384.04% (R$ 257.881.500,00 – R$ 990.357.910,18), de acordo com o Fundo Nacional de Saúde. Observa-se ainda um repentino aumento de viaturas do SAMU do ano de 2011 ao ano de 2014 (625.76%; (1.132 – 7.081). É notável que o elevado aumento das unidades do SAMU na nação foi precedido de maiores repasses, os quais se intensificaram de 2008 a 2013, resultando no aumento do ano 2011 a 2015. Um fato interessante é que de 2015 para 2016 houve uma redução de 2,33% (R$ 23.701.975,64) dos repasses. Decorrendo numa desaceleração do crescimento, inclusive com alguns estados apresentando redução nas unidades, como é o caso dos estados: Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Goiás. No panorama mais detalhado, a Região Norte do país apresentou aumento de 2551.47% (23 – 578) de unidades, destacando-se o estado do Pará (11683.33%; 2 – 234), seguido do estado de Rondônia (6550.00%; 1 – 44) no período em análise. O estado do Amazonas só começou a registrar as viaturas no ano de 2012, isso pode ser explicado pela implementação tardia do serviço, inicialmente operado por outros equipamentos de saúde, e pela subnotificação dos dados. As Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as principais ampliações em números absolutos, tendo a primeira região passado de 150 para 2.707 unidades (1808.80%) e a segunda de 152 para 2.680 (1767.14%), havendo as unidades no estado do Piauí crescido 11250.00% (2 – 225) na década. A Região Sul registrou uma ampliação em 805.27% (155 – 1.247), enquanto a Região Centro-Oeste notificou uma elevação de 888.16% (76 – 675) unidades. Conclusões: As séries históricas demonstraram que, enquanto houve investimento crescente, o serviço apresentou desenvolvimento e expansão no número de unidades. Apesar de a redução ter sido discreta no último ano da análise (2016), este foi o primeiro momento da década em que se observou o decréscimo. Considerando a aprovação da Emenda Constitucional EC55, a qual entrará em vigor a partir do ano de 2018 e prevê o congelamento dos gastos públicos, é provável que ocorra uma redução ainda maior nos investimentos em saúde. Deste modo, a perspectiva é que advenha uma diminuição bem mais significante do número de equipes nos próximos anos, ameaçando assim os princípios basilares do SUS.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.