EGYPTO, Larissa Maria Borges Do et al.. Principais aspectos do delirium no paciente idoso. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2854>. Acesso em: 22/11/2024 16:12
INTRODUÇÃO: Delirium é um distúrbio mental caracterizado por alterações na atenção, cognição e consciência, curso flutuante e exacerbação da sintomatologia durante a noite. É mais frequente na população idosa, e pode ser precipitado por qualquer alteração no metabolismo cerebral. Em pacientes idosos hospitalizados, tem como fatores precipitantes efeitos colaterais medicamentosos, procedimentos, infecções, privação do sono e imobilização forçada, sendo bastante comum em pós-operatórios e em pacientes de UTI. Essa condição pode causar um aumento de morbidade e mortalidade, do tempo e custos de internação e cuidados após a alta hospitalar. Na maioria das vezes, o paciente apresenta diminuição da concentração, irritabilidade, insônia, pesadelos ou alucinações transitórias, alguns dias antes da manifestação típica do delirium. No estado agudo o quadro observado é de distúrbios da atenção, acompanhados de alteração de pensamento, nível de consciência, percepção, memória, orientação têmporo-espacial, linguagem, humor e/ou do ciclo sono-vigília. Apesar de ser uma condição previsível e tratável, é de difícil diagnóstico e com teste de avaliação inespecífico. OBJETIVO: Revisar a produção cientifica entre os anos de 2000 a 2013 referentes à ocorrência de delirium, seus principais aspectos e sua influência no aumento da mortalidade e morbidade no paciente idoso hospitalizado.METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistemática na base de dados: Scielo, Lilacs e Medline. Foram utilizados os descritores delirium e idosos. Empregou-se como critérios de inclusão o ano de publicação e o idioma.RESULTADOS: Foram encontradas 72 publicações, entre as quais foram selecionados 10 artigos completos. A totalidade dos artigos afirma que ocorre um aumento da mortalidade em idosos hospitalizados relacionado com a ocorrência de delirium. As complicações oriundas desse distúrbio poderiam ser evitadas com medidas preventivas mais eficientes e conhecimento adequado dos fatores de risco e fatores precipitantes. As medidas preventivas não farmacológicas vêm se mostrando eficazes. Apesar da alta prevalência, o delirium muitas vezes passa despercebido ou é diagnosticado erroneamente como demência.CONCLUSÃO: Com o crescimento da população idosa, observa-se a necessidade de estudos que visem uma melhor prevenção desse distúrbio devido às complicações que podem segui-lo. Constata-se também a necessidade do diagnóstico correto para um tratamento adequado. A melhoria desses fatores pode possibilitar a diminuição da morbidade e mortalidade, tempo de internação e apresentar melhorias na qualidade de vida do idoso. É importante também que as equipes de saúde estejam bem preparadas para atender essa parcela da população, atentando para todas as peculiaridades que lhe são características, com acompanhamento multidisciplinar e humanização no atendimento hospitalar.