Introdução: Diante do crescimento demográfico atualmente observado, especialmente nos países em desenvolvimento, a população idosa tem aumentado significativamente e, com isso, a maior prevalência das doenças crônicas não transmissíveis e degenerativas, como é o caso da Doença de Parkinson (DP). A Doença de Parkinson consiste em um distúrbio crônico, neurológico e progressivo que ocasiona, sobretudo, sintomas motores como: bradicinesia, tremor em repouso, rigidez muscular e perda de reflexos posturais. Nesta perspectiva, destaca-se a importância em reconhecer as implicações que a Doença de Parkinson ocasiona na qualidade de vida do paciente e, de contribuir com informações a respeito desta enfermidade, para que os profissionais que atuam com idosos parkinsonianos articulem o tratamento destes de maneira a oferecer uma Qualidade de Vida digna ao idoso. Objetivo: Analisar o impacto ocasionado pela Doença de Parkinson na qualidade de vida relacionada à saúde do idoso, através de Dissertações e Teses presentes no Banco de Teses da CAPES. Metodologia: Pesquisa Documental realizada no Portal de Teses da CAPES, a partir dos descritores controlados, “Idoso”, “Doença de Parkinson” e “Qualidade de vida”. As informações das dissertações e teses foram relacionadas à literatura disponível, fortalecendo, desta forma, a discussão dos resultados. Resultados: A partir da coleta de dados realizada, obteve-se que dos 6 estudos selecionados, 4 (66,75%) constataram que o idoso apresenta, em decorrência da doença, prejuízo social. Foram encontradas ainda, evidências de comprometimento funcional, econômico, emocional, sensorial e fonoarticular, como decorrentes da Doença de Parkinson. Dois (33,4%) outros estudos propunham técnicas para melhoraria do prejuízo físico originado pela patologia. Vários fatores que ditam a qualidade de vida relacionada à saúde são afetados na Doença de Parkinson e estão, muitas vezes, correlacionados. A limitação física está relacionada diretamente à sintomatologia da doença que conforme progride, pode gerar incapacidade de realização inclusive das atividades da vida diária (AVD); o âmbito mental/emocional é comprometido devido ao fato de a Doença de Parkinson estar muitas vezes associada à depressão, que é até mesmo comum na velhice; o âmbito social é afetado indiretamente, pois as restrições físicas ocasionadas não permitem a realização das atividades laborais, de lazer, da vivência familiar; e, com relação ao fator econômico, este pode ser afetado diretamente - no caso de hospitalização, medicamentos e, indiretamente – em função da aposentadoria precoce do indivíduo e do gasto com cuidadores domiciliares. Conclusão: Diante do caráter progressivo doença a manutenção da qualidade de vida, da independência e de sensação de bem-estar são pontos relevantes e que devem ser considerados no tratamento desta patologia crônica.