Introdução: A doença de Alzheimer ocasiona o declínio intelectual, culminando em quadro de demência para o idoso. As alterações cerebrais iniciam-se com esquecimentos das atividades diárias, levando ao comprometimento da fala, memória, atenção, chegando a um severo comprometimento físico e mental sendo impossível viver sem o cuidado integral de terceiros. Este cuidado integral causa desgaste à família que vivencia uma verdadeira revolução domiciliar, levando, na maioria das vezes, a institucionalização do idoso. Métodos: trata-se de um estudo de caso desenvolvido com paciente residente em instituição asilar, 69 anos e sexo feminino. Não possui histórico pregresso de outras patologias, etilismo e tabagismo. Em 2008, foi encaminhada ao atendimento médico devido à queixa de frequentes esquecimentos. Após ava¬liação clínica, neuropsicológica e funcional, estabeleceu-se o diagnóstico Alzheimer em fase interme¬diária. Encontrava-se em uso de Donepezila, Risperidona, Mirtazapina e Diazepam desde então. A doença evoluiu para fase avançada, sendo a paciente encami¬nhada ao serviço de Fisioterapia, em 2010, e submetida novamente à avaliação funcional e cognitiva para estabelecer um confronto de resultados entre dois momentos (antes e após a aplicação do protocolo fisioterapêutico), após seis meses de sessões realizadas duas vezes na semana. As avaliações foram realizadas por meio da observação direta do paciente no ambiente asilar e aplicação de testes padronizados a saber: Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Teste de Fluência Verbal. A análise da capacidade funcional de seu por meio do método qualitativo para verificar o desempenho ocupacional, operacionalizada através da aná¬lise e descrição do tempo gasto pelo paciente na realização de suas ocupações diárias. Resultados: A terapia visava à independência funcional através do fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e da capacidade aeróbia atrelados ao estímulo cognitivo, sensorial e treino de outras habilidades como planejamento e execução de tarefas em etapas, treino de velocidade de processamento e atenção. A avaliação funcional, após dois meses de terapia, permitiu registrar o impacto positivo do protocolo fisioterapêutico sobre o desempenho das atividades cotidianas do idoso. A análise dos dados coletados demons¬trou prejuízo cognitivo significativos, com baixos escores nos testes cognitivos, devido à presença de sintomas tais como: alucinação, perambulação, agitação e inversão do ciclo sono-vigília, interação social reduzida e dependência crescente em atividades básicas. Conclusão: A fisioterapia galga a melhoria na qualidade de vida do paciente, sendo que o paciente com Alzheimer necessita de uma reabilitação global, envolvendo uma equipe multidisciplinar.