O aumento da população idosa é um desafio do ponto de vista econômico e social. Um novo paradigma está em curso e merece estudos e políticas públicas, e tais medidas podem ser implantadas a partir do conhecimento do perfil epidemiológico dessa parcela da população. Este estudo visa definir e analisar o perfil das vítimas de morte violenta com idade acima de 60 anos, trazendo à tona a necessidade de implementação de políticas públicas que dignifiquem a vida destas pessoas.O estudo foi do tipo transversal, descritivo, com abordagem qualitativa e quantitativa, compreendendo o período de janeiro a dezembro de 2012, realizado no Instituto de Polícia Científica- Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (IPC- NUMOL/ CG). Do ponto de vista da natureza do fato, temos 81,3% dos 161 idosos analisados como vítimas de morte violenta. Constatou-se que os indivíduos entre 60 a 65 anos apresentaram o maior índice de mortalidade (28,1%), sendo o sexo masculino o mais acometido (85,9%). A maioria dos indivíduos não tinha escolaridade identificada (40,2%). A ocorrência do óbito que apresentou maiores proporções foi a via pública (47,2%). Foi evidente a influência exercida por determinantes sociais nestes indicadores, sendo estes atrelados, principalmente, ao estilo de vida e a fatores socioeconômicos.