A jaqueira (Artocarpus heterophyllus Lam.), planta nativa da Índia, é bastante disseminada na região nordeste brasileira e seus frutos ricos em vitaminas, fibras e sais minerais, são atrativos em virtude de seu aroma e sabor. No entanto, boa parte do fruto, como a casca, eixo central, pívide e sementes são considerados resíduos, cerca de 72 %. Sendo assim, o processamento dos resíduos de jaca em produtos farináceos, por meio da secagem convectiva, é uma alternativa visando produtos mais saudáveis e economicamente viáveis. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar física e quimicamente as farinhas de resíduos de jaca (eixo central e pívide, separadamente) obtidas por secagem em estufa com circulação de ar a 60°. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia de Alimentos (LBBA/CES/UFCG). As farinhas de eixo e pívide foram analisadas física e química quanto aos parâmetros de teor de água (TA), resíduo mineral fixo (RMF), pH, proteína bruta (PB) e sólidos solúveis totais (SST). Os produtos farináceos do eixo central e pívide obtiveram valores médios para o TA de 5,81 e 11,59 %, RMF de 8,96 e 5,10 %, pH de 5,73 e 5,67, PB de 3,72 e 6,12 % e SST de 2,27 e 2,2 °Brix, respectivamente. Portanto, os produtos farináceos obtidos de eixo central e pívide da jaca apresentam-se como uma alternativa que poderá, posteriormente, ser utilizado na formulação de novos produtos alimentícios.