Nas últimas décadas tem emergido na Ecologia uma nova abordagem visando avaliar com precisão a biodiversidade, os efeitos das condições ambientais e dos impactos humanos nos ecossistemas por meio das características (atributos) biológicas dos organismos. A ecologia funcional cresce como uma alternativa que promove uma compreensão ecológica maior, concentrando-se em atributos que definem como os organismos interagem com seus ambientes físicos, químicos e biológicos circundantes. O objetivo deste trabalho foi apresentar uma revisão sobre o avanço da ecologia funcional no Brasil no período de dez anos através de análise cienciometria. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico nos bancos de dados “Scielo”, “Scopus” e “Science Direct”, utilizando como palavras-chaves “Functional Trait” e “Functional Diversity”, disponível entre 2006 a 2016. Constatou-se um aumento expressivo no número de publicações, em particular, entre os anos de 2008 a 2016. Esse aumento de publicações em ecologia funcional no Brasil é um indicativo do crescente interesse de pesquisadores nessa abordagem. A região Sudeste, mostrou-se como a região do Brasil com o maior número de pesquisas realizadas, uma vez que concentra os grandes centros universitários e institutos de pesquisas mais bem aparelhados. A maior parte dos estudos nesse campo da ecologia ocorreram em ecossistemas terrestres, sendo as plantas os organismos mais estudados. Fato que pode ser atribuído a capacidade das plantas responderem rapidamente e fisiologicamente as mudanças nas condições ambientais, sendo refletido em inúmeras características funcionais, possibilitando uma maior quantificação das métricas funcionais.