As hepatites virais agudas e crônicas são patologias causadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, manifestando propriedades epidemiológicas, clínicas e laboratoriais equivalentes, no entanto com relevantes especificidades (BRASIL, 2015). Sendo assim, esse estudo foi elaborado com o intuito de contribuir com a comunidade científica, para debates acerca dessa temática, bem como para os pesquisadores que utilizarão de subsídios para pesquisas maiores. Diante desse cenário, a abordagem desenvolvida neste estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico das hepatites virais por etiologia segundo a fonte de infecção, na região da Paraíba. Estudo de natureza quantitativo, ecológico, descritivo baseado em dados disponíveis no DATASUS (Departamento de Informática do SUS) através das informações de saúde (TABNET). Foram analisadas as variáveis: etiologia e fonte de infecção das hepatites virais no estado da Paraíba no ano de 2015. A coleta de dados ocorreu durante o mês de março de 2017, analisados e comparados de acordo com a literatura pertinente, onde foram incluídos artigos dos anos de 2010 a 2017, utilizando os seguintes descritores: Hepatites virais, Epidemiologia e Saúde Coletiva. Segundo Nunes et al. (2010), a hepatite A tem como relevante a via de contaminação fecal-oral por meio da água e de alimentos contaminados, facilitando a estabilidade do vírus. O contato com as pessoas, a insatisfatória higienização, a manipulação de alimentos por pessoas infectadas, proporcionam a dissipação do vírus. Nas áreas endêmicas, a infecção chega com mais facilidades em crianças e adolescentes, que na maioria das vezes apresenta-se assintomática ou com alguns sintomas como a falta de apetite, febre e urina escura, caracterizando-a como a mais dissipada hepatite viral aguda no mundo. Em concordância com a literatura, grande parte das pessoas infectados com o vírus da hepatite B são assintomáticos, motivo este que influencia diretamente nos resultados obtidos pela vigilância epidemiológica. Ademais, os estudos epidemiológicos no Brasil sobre hepatite B são escassos e geralmente são realizados em grupos populacionais específicos, resultando na dificuldade de comparação com dados nacionais (MARTINS; VERAS; COSTA, 2016). Já na hepatite C, apesar de a história natural da infecção pelo vírus C ter uma boa trajetória na maioria dos casos, 4 a 6% dos pacientes evoluem com cirrose e insuficiência hepática durante a infância (BRASIL, 2011). Através da pesquisa epidemiológica, podemos identificar que as fichas de notificação compulsória das doenças, ainda são muito negligenciadas, talvez pela falta de tempo do profissional, muitas vezes os espaços encontram-se sem informações que são necessárias para a análise epidemiológica das doenças, dificultando assim a criação de políticas públicas para melhoria da assistência. É perceptível que apesar de políticas públicas voltadas para a educação em saúde, existem falhas que precisam ser corrigidas para melhorar o desempenho das ações e assim diminuir a incidência dessas doenças.