Artigo Anais VI CONGREFIP

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-0060

ASPÉCTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS CASOS DE MICROCEFALIA NA REGIÃO NORDESTE

Palavra-chaves: ZIKA VÍRUS, INFECÇÃO POR ZIKA VÍRUS, MICROCEFALIA Comunicação Oral (CO) Enfermagem Assistencial
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Publicado em 10 de maio de 2017

Resumo

INTRODUÇÃO: O vírus Zika, um arbovírus isolado pela primeira vez em Uganda no ano de 1947, foi identificado no Brasil por método de biologia molecular em maio de 2015. Desde então, sua circulação foi confirmada em 18 estados brasileiros, inicialmente na região Nordeste. A febre do vírus Zika pode se manifestar com quadro de exantema pruriginoso, acompanhado ou não de febre baixa e outros sintomas inespecíficos, como mialgia, cefaleia, artralgia e hiperemia conjuntival. O conhecimento sobre o histórico dessa doença até então foi visto de forma positiva ao ponto de reconhece-la como benéfica e/ou benigna, porém, ainda em meados do surto foi detectado a ocorrência de manifestações clínicas neurológicas após a infecção: Síndrome de Guiullain-Barré (SGB). No Brasil após a incidência dos casos de infecção por Zika Vírus, houve um aumento em internações associadas às diversas manifestações já citadas. Estudos acerca desses quadros clínicos apontaram Pernambuco e Bahia como alvo certeiro da virologia mantendo uma média estimada em cinquenta e um por cento(51%) dos casos com SGB. Em Pernambuco um dos casos de SGB teve uma amostra positiva para Zika Vírus no líquido Cefalorraquidiano por técnica de biologia molecular. Em outubro de 2015, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, detectou um surto inesperado de nascidos vivos com microcefalia. A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada: o perímetro cefálico dos recém-nascidos é menor que dois desvios-padrão da média para idade e sexo, podendo levar a alterações cerebrais e problemas no desenvolvimento neurológico. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia. Em 22 de outubro de 2015, o Ministério da Saúde foi notificado pela SES/PE sobre a ocorrência de 54 recém¬-nascidos vivos com microcefalia. Além da microcefalia, os casos apresentavam exames de imagem cujo padrão era compatível com infecção congênita e as mães re¬feriam quadro de exantema na gestação. Este cenário levou os especialistas locais a questionarem uma possível relação entre o aumento de casos de microcefalia e a ocorrência de vírus Zika em Pernambuco. No dia 26 de outubro, técnicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde integraram a equipe local para colaborar com a investigação epidemiológica. Em 11 de novembro de 2015, diante da alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil, em Pernambuco e outros estados, o Ministério da Saúde decretou a microcefalia como emergência em Saúde Pública de importância nacional. Esse evento de saúde foi avaliado segundo o Anexo II do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), clas¬sificado como potencial emergência de Saúde Pública de importância internacional (ESPII) por apresentar impacto grave sobre a Saúde Pública e por ser evento incomum/inesperado. Em 29 de novembro, o Ponto Focal Nacional para o RSI notificou o Ponto de Contato Regional da Organização Mundial da Saúde para o RSI.

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