Artigo Anais VI CONGREFIP

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-0060

ANÁLISE DO MODO DE DETECÇÃO DA HANSENÍASE NA PARAÍBA (2006- 2016)

Palavra-chaves: HANSENÍASE, EPIDEMIOLOGIA, PARAÍBA Pôster (PO) Saúde coletiva
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Publicado em 10 de maio de 2017

Resumo

A hanseníase uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder imunogênico. O Brasil detém o maior número de casos de hanseníase nas Américas e o segundo maior do mundo, atrás apenas da Índia. Com isso, a hanseníase continua apresentando destaque perante as doenças negligenciadas, se traduzindo como um importante problema de saúde pública. Embora, nos últimos anos, as metas de eliminação de doenças transmissíveis estejam mais perto de serem alcançadas. Dessa forma, o presente estudo teve objetivo de analisar o modo de detecção da hanseníase da Paraíba no período de 2006 a 2016. Trata-se de um estudo transversal e descritivo. Buscou-se investigar casos novos e modo de detecção da hanseníase na Paraíba, no período de 2006 a 2016. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponíveis para consulta no Departamento de Informática do Sistema Único de saúde (DATASUS). Durante o período de 2006 a 2016, em média foram registrados 705 casos novos ao ano de hanseníase na Paraíba, atingindo o máximo em 2006 com 952 casos e o mínimo em 2015 com 523 casos. A distribuição dos casos, segundo a faixa etária, demonstrou ser mais comum em indivíduos com a idade entre 20-34 anos, seguida de 35-49 anos. Do total de casos novos de hanseníase, detectados no período de 2006 a 2016, 53% foram através de encaminhamentos, a demanda espontânea com 27% dos casos, 3% dos casos o exame de contato, 2% o exame de coletividade e 15% outros e ignorados. O número de casos novos de hanseníase no estado da Paraíba ainda é elevado apesar desse número ter diminuído nesses últimos dez anos. O modo de detecção predominante no Estado foi o encaminhamento seguido da demanda espontânea. Isso pode ser reflexo das campanhas de esclarecimento sobre a hanseníase. A detecção através do exame de contatos e exame de coletividade foram baixos. Dessa maneira nota-se que no estado da Paraíba há a necessidade de dar maior enfoque aos exames de contato, visto que, a detecção por esse modo é muito baixa no estado e os contatos domiciliares de pacientes com hanseníase têm risco maior de adoecer. Um dado importante mostrado nos resultados foi que a maioria dos pacientes com hanseníase no estado faz parte da população economicamente ativa, entre a faixa etária de 20-34 anos, seguida de 35-49 anos, fato que pode constituir, portanto, num sério problema econômico para a região e gerar um imenso custo social. Nesse sentido, é de grande importância que sejam aprimorados os projetos e linhas de controle da hanseníase no estado da Paraíba.

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