INTRODUÇÃO: A Extensão Universitária baseada na interface de conhecimentos teóricos, práticos, culturais e cotidianos se coloca como uma possibilidade de multiplicar e disseminar a vida universitária na sua forma de lidar e operar com o conhecimento científico. No que se refere ao uso de plantas medicinais é pertinente esclarecer que, o cuidado realizado por meio das mesmas seja favorável à saúde humana, desde que o usuário tenha conhecimento prévio de sua finalidade, riscos e benefícios. Assim, a Extensão é orientada pela produção e socialização de conhecimentos, não se restringindo a uma difusão de saber meramente entre-muros, mas enriquece a relação “aprendiz e aprendente”. Dito isso o objetivo dessa reflexão é no que se refere à importância da metodologia roda de conversa em uma extensão universitária, neste caso com idosos na Unidade Básica de Saúde da Família V das Malvinas V do município de Campina Grande – PB, tendo em vista que tal proposta favorece uma reflexão onde os saberes se somam ao invés de se fragmentarem o conhecimento popular. METODOLOGIA: Adotou-se a metodologia da pesquisa ação que se pauta em um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Trata-se de um estudo do tipo exploratório e descritivo e encontram-se estruturados a partir de uma pesquisa qualitativa. No que diz respeito aos procedimentos éticos os idosos submetidos à entrevista foram esclarecidas a respeito do projeto, e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido comprovando sua voluntariedade na pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o desenvolvimento de pesquisa prévia realizada na comunidade das Malvinas V, notou-se a necessidade de realização de Oficinas que apontassem o esclarecimento com relação ao cultivo, armazenamento, higiene, preparo e manipulação das plantas medicinais. Sendo assim fomentou-se um grupo de extensão que foi composto por um publico fixo, contendo dos seus 10 participantes, 8 com idade superior a 60 ano, todas do sexo feminino. O uso de plantas medicinais com o passar do tempo vai se perdendo e as pessoas já não detêm tão bem o conhecimento sobre a forma de cultivo, armazenamento, higiene, preparo e manipulação desses produtos. Na idealização de uma Oficina, o aprender, é uma atividade social que fica aprimorada através da colaboração e o intercâmbio de ideias e perspectivas entre as pessoas. Ao participar de uma roda de conversa, o idoso tinha a possibilidade de colocar seu raciocínio para funcionar desde a fala, a escuta até o dialoga com os demais participantes. Ao trocar experiências, desperta para o desejo do saber e melhora sua auto-estima. CONCLUSÃO: Diante do exposto é pertinente pensarmos que a Extensão Universitária com Idosos, se mostra como veículo promotor de integração e favorecimento de permuta de saberes, onde a mesma é atravessada por um processo transformador, emancipatório e democrático, no diálogo e no respeito à cultura local.