INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional está ocorrendo em um contexto de grandes mudanças, trazendo maiores preocupações da população no que se refere ao biopsicossocial do ser humano idoso. A visão negativa das instituições de longa permanência para idosos está arraigada na histórica imagem relacionada à caridade, à exclusão e ao abandono. Debater sobre esse tema faz-se necessário no sentido de melhorar o entendimento por meio de comunicações acerca das instituições. OBJETIVOS: Buscou-se analisar os significados da institucionalização do idoso para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), identificando as principais barreiras, os benefícios deste processo e a relação das ILPIs com a comunidade. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de campo, de caráter descritivo e exploratório, de abordagem quantitativa e qualitativa. A pesquisa foi realizada em 06 Unidades de Saúde da Família (USF) pertencentes ao Distrito Sanitário III, do município de João Pessoa- PB e envolveu 60 usuários do SUS. Utilizou-se para coleta de dados um questionário semi-estruturado envolvendo a temática em questão. Os dados foram organizados em gráficos e tabelas através de medidas descritivas simples, elaborados pelo Programa Excel 2010. Os dados qualitativos foram transcritos e codificados, sendo posteriormente analisados através da análise de conteúdo temática. RESULTADOS: A amostra foi composta predominantemente pelo sexo feminino (81,7%), faixa etária entre 21 a 40 anos (51,7%), primeiro grau completo (45,0%) e renda familiar de um a dois salários mínimos (65%). Observou-um desconhecimento quanto à nomenclatura ILPI, e associação a sentimentos negativos sobre as instituições. Houve uma predominância de pessoas que já haviam visitado uma ILPI (55,0%), classificando-os como um lugar de abandono (40,0%), a maioria não possuí familiar morando em ILPI (98,3%), nem colocariam alguém para viver lá (81,7%), atribuindo o cuidado ao idoso à responsabilidade da família. Os participantes manifestaram receio em morar neste ambiente (71,7%), associando-o a um local de abandono e exclusão. Em relação à aceitação sobre morar em uma ILPI, constatou-se que 38,3% dos participantes aprovariam tal decisão da família e 61,7% demonstraram uma atitude negativa perante essa situação. CONCLUSÃO: Apesar da estigmatização a cerca da ILPI, há uma maior preocupação não apenas com os cuidados prestados ao idoso, mas principalmente ao abandono da família e a falta de sentimentos afetivos. Embora o idoso possa ser bem tratado neste local, foi observado que nada se iguala ao apoio que a família pode oferecer.