Na indústria do petróleo, a formação das emulsões pode desencadear uma série de problemas econômicos e operacionais desde a produção até o refino. As emulsões podem apresentar elevada viscosidade prejudicando o sistema de bombeio e transporte, além de representarem volume ocioso na transferência do petróleo. Pouco se sabe sobre o efeito dos emulsificantes no processo de produção, como por exemplo, nos fatores reológicos responsáveis pelo transporte do produto. Diferentes métodos são utilizados para reduzir a viscosidade do óleo pesado para transporte em dutos, tais como diluição com óleos leves ou álcoois, aquecimento, e o uso de surfactantes para produzir emulsões O/A .Desta forma, emulsões de petróleo estabilizadas por Triton-X-100 foram produzidas e avaliadas quanto a estabilidade, viscosidade, condutividade e tamanho das gotas com o objetivo de obter emulsões de menor viscosidade, visando à redução da perda de carga durante o transporte. Foram preparadas emulsões contendo petróleo e de 10 a 60% (m/m) de soluções aquosas (1,5% m/m de NaCl e 1% m/m de Triton-X-100) no homogeneizador Ultra Turrax a 15.000 rpm/2minutos. O volume de separação de fase aumentou com o incremento de solução aquosa. Já a transição da emulsão A/O para O/A foi identificada em 20 % (m/m) de água, sendo que está emulsão apresentou um aumento repentino da condutividade, elevada viscosidade, pseudoplasticidade e tamanho de gota. Já as emulsões com maior conteúdo de água apresentaram redução contínua de estabilidade cinética e da viscosidade, porém a viscosidade das emulsões com até 40 % de água apresentaram viscosidade maior que o óleo desidratado.