O bioetanol vem sendo produzido pela hidrólise e fermentação de materiais lignocelulósicos desde o fim do século XIX, mas somente nos últimos 20 anos essa tecnologia tem sido proposta para atender o mercado de combustíveis. Os principais programas de pesquisa e desenvolvimento são conduzidos nos Estados Unidos e na Europa, basicamente em escalas experimentais de produção, mas seu sucesso poderá transformar o bioetanol em um biocombustível passível de ser produzido em quase todas as regiões do mundo, aproveitando a alta disponibilidade de resíduos orgânicos de diversas fontes. Nesse sentido, este projeto teve como objetivo desenvolver novas tecnologias para a obtenção de bioetanol com base em materiais lignocelulósicos, que envolvem a hidrólise dos polissacarídeos da biomassa em açúcares fermentescíveis para posterior fermentação e produção do bioetanol. A matéria prima utilizada, conhecida como capim colonião (Panicum maximum), foi coletada em terrenos baldios localizados na região de Cáceres – MT. Após processamento das amostras, os maiores resultados encontrados, em frascos agitados, para a produção de etanol foi de 24,5 g/L, a partir do capim colonião pré-tratado, utilizando carga enzimática de 30 FPU/g, relação sólido:líquido de 3:10 (g:mL) e 53 g/L de glicose inicial, a 30ºC e 100 rpm.