O refino é uma etapa essencial na cadeia produtiva do petróleo, mas pode gerar impactos negativos no meio ambiente. O consumo de água nas refinarias pode chegar a 30000 m3 por dia, sendo até 90% deste volume direcionado para as torres de refrigeração. Nos sistemas de tratamento de efluentes das refinarias é comum o emprego de aditivos contendo biossurfactantes, que podem contribuir para o aumento da absorção de compostos hidrofóbicos e remoção da demanda química de oxigênio (DQO). No entanto, deve-se avaliar o efeito destes aditivos sobre a qualidade do efluente final do sistema de lodos ativados, sendo este o objetivo do estudo com relação a um biossurfactante do tipo ramnolipídeo (RML), com vistas ao reúso. A adição de 50 mg RML/L ao biorreator não alterou a qualidade do efluente tratado. Após troca iônica, alguns parâmetros (DQO, alcalinidade e cloretos) foram maiores no efluente do biorreator com biossurfactante do que no efluente do biorreator sem biossurfactante, mas o efluente final foi enquadrado aos padrões de reúso em torres de refrigeração.