A farinha de Mandioca é um produto genuinamente brasileiro e bastante consumido em todo país. Porém o aquecimento dos fornos para produção da farinha é feito majoritariamente através da queima da lenha. Este fato tem gerado impactos severos aos biomas Caatinga e Mata Atlântica, contribuindo também com o aquecimento global. Este trabalho tem o objetivo de construir um protótipo para produção da farinha de mandioca através de um sistema de aquecimento híbrido solar/gás. Este sistema é composto por forno absorvedor híbrido que pode ser aquecido por um concentrador solar do tipo Scheffler e/ou por gás. Dentro do forno absorvedor está contido um fluido térmico que, depois de aquecido, é bombeado para a unidade de torração da farinha. Na unidade de torração da farinha acontece a troca térmica entre o fluido e uma serpentina de cobre instalada no fundo. O monitoramento das variáveis envolvidas é feito com manômetro, termopares, estação meteorológica e estação solarimétrica de superfície. Um levantamento de dados feito em casa de farinha tradicional indicou que a temperatura do forno em contato com a farinha é de 100 °C, em média. Em testes preliminares utilizando GLP, o forno absorvedor e o forno para farinha, atingiram a temperatura máxima de 215 °C e 124 °C, respectivamente.