A Tecnologia Flex-fuel surgiu da necessidade de se buscar combustíveis menos poluentes, causando grande impacto tecnológico, devido a permitir utilização de etanol, gasolina ou de diferentes misturas entre esses dois combustíveis em um mesmo tanque. Os combustíveis nacionais são produzidos para atender requisitos de qualidade, visando garantir que cada produto apresente condições de suprir as exigências dos motores e, permitir que a emissão de poluentes seja mantida em níveis aceitáveis. As características de qualidade dos combustíveis automotivos são controladas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis-ANP, conforme a Lei nº 9.478/97. A gasolina é constituída por uma mistura de hidrocarbonetos e, em menor quantidade, possui compostos de oxigênio, enxofre e nitrogênio. No Brasil, a gasolina C distribuída para o consumidor final possui etanol anidro em mistura. O etanol comercializado em postos de combustíveis é hidratado e deve possuir entre 92,5% e 94,6% de pureza alcoólica. A adição de etanol na gasolina provoca alterações nas propriedades físico-químicas do combustível, levando, por exemplo, ao aumento da octanagem. A ação corrosiva da água presente no etanol em mistura com gasolina pode causar problemas nos componentes do motor. Portanto, este trabalho tem o objetivo de investigar o grau de corrosividade que misturas gasolina-etanol, promoveriam em peças fabricadas especialmente de cobre. As análises de corrosão pelo teste da lâmina de cobre demonstraram que amostras de gasolina com 20 e 40% de etanol mancharam fortemente às lâminas. Contrariamente ao esperado, amostras com 60 e 80% de etanol apresentaram resultados conformes com as especificações atuais.