Introdução: Sabe-se que distúrbios do sono são indicadores de disfunção cardiovascular. A sonolência excessiva diurna (SED), caracterizada por episódios de sono no período de vigília, apresenta alta prevalência em idosos, levando a alterações na qualidade do sono neste grupo. Logo se estima que a SED esteja relacionada com a má qualidade do sono e que esta juntamente com a SED estabeleçam relação com o risco cardiovascular. Objetivo: Evidencia a relação entre SED e qualidade do sono (QS) em idosos assim como a predição destas sobre o risco cardiovascular. Método: Pesquisa transversal realizado na cidade de Campina Grande-PB com idosos escolhidos aleatoriamente baseados na estratégia de amostragem por domicílios alocados em conglomeros determinado pelos distritos sanitários e unidades básicas. A qualidade do sono foi determinado pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, a SED foi determinada pela Escala de Epworth (>10 pontos) e o risco cardiovascular foi estimado pela circunferência abdominal (mulheres>89cm e homens>94cm). Para conhecer associação entre essas variáveis utilizou-se pelo teste Qui-quadrado de Pearson, sendo α≤0,05. Resultado: Participaram 168 idosos com idade média de 72,34 (±7,8) anos sendo 122 (72,6%) mulheres. Idosos sem SED e com boa QS (46,8%) apresentavam proporção semelhante aos que tinha SED e má qualidade do sono (45,5%), x2=0,02; p=0,88. No entanto, a SED mostrou-se preditiva de risco cardiovascular (x2= 3,98; p=0,04), onde 88,5% dos que tinha SED também possuíam esse predisposição para doenças cardiovasculares. Já a qualidade do sono não demonstrou relação estatisticamente significante (x2=3,44; p=0,06). Conclusão: Não existe relação entre QS e SED, fato surpreendente, pois a distúrbios sono diminuem sua eficiência, tornando o sono não reparador. Também podemos afirmar que apenas a SED tem relação com o risco cardiovascular.