Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ainda acomete muito a população idosa do país e, com o aumento da expectativa de vida, se faz necessária ações preventivas na população que envelhece, pois os fatores de risco são adquiridos ao longo do processo de envelhecimento e, para que consigamos envelhecer com saúde e qualidade são necessários alguns cuidados. Dentre os fatores de risco para o AVC temos a hipertensão arterial, colesterol alto, fumo, diabetes, histórico familiar, ingestão de álcool, vida sedentária e o estresse. Quando o indivíduo é acometido pelo AVC se faz necessária uma intervenção de uma equipe multidisciplinar e, no caso deste trabalho especificamente, do Terapeuta Ocupacional (TO). O TO irá auxiliar ao paciente a retornar as suas atividades cotidianas com o máximo de independência e autonomia. Para isso estará realizando atividades e exercícios que favoreçam a recuperação funcional, motora e neuropsicológica. Objetivo: Mostrar a atuação do TO junto ao paciente idoso atendido no Núcleo de Reabilitação do Hospital Regional do Agreste (HRA) de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, a partir de dados secundários registrados em prontuário do atendimento da Terapia Ocupacional de 10 idosos com faixa etária entre 61 e 85 anos, cadastrados e acompanhados no Núcleo de Reabilitação do HRA, no período de junho de 2012 a fevereiro de 2013. Os atendimentos são realizados a partir do encaminhamento de um profissional de saúde e agendados para que possa ser direcionados aos membros da equipe multidisciplinar do Núcleo. Na equipe, além do TO, temos Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Nutricionistas, Assistentes Sociais, Psicólogos e Técnicos de Enfermagem. Resultados: Dos 10 idosos, 40% eram do sexo masculino e 60 % feminino, sendo 80% com faixa etária entre 60 a 78 anos e 20% entre 80 e 85 anos. Na maioria dos casos, os pacientes são encaminhados pelos profissionais do próprio hospital ou de outro serviço público, já que os mesmos não possuem plano de saúde particular. A partir da avaliação da TO é traçado o tratamento específico de cada paciente, o que vai depender de suas necessidades e interesses pessoais. De uma forma em geral, nesse grupo de pacientes, foi realizada uma intervenção para a prevenção e correção de deformidades, a estimulação das funções motoras, cognitivas e sensitivas, melhoria da destreza e habilidade do hemicorpo não afetado e, consequentemente, da capacidade funcional nas atividades de vida diária. Conclusão: Infelizmente, apesar dos programas de prevenção de saúde, registra-se um crescimento na demanda de pacientes acometidos por AVC, inclusive pessoas com a faixa etária abaixo dos 60 anos. Este fato é preocupante, pois aumenta os custos do tratamento e incapacita o indivíduo por um período que, muitas vezes, é longo. Além disso, nem sempre é possível contar com uma assistência especializada, uma equipe multiprofissional e com serviço de reabilitação imediato no serviço público como acontece neste núcleo. Verificamos que, apesar de ser mais demorado o tratamento da TO com essa clientela, a reabilitação acontece e permite que o idoso retome suas atividades e tenha uma vida com funcionalidade e qualidade.