O PRESENTE ARTIGO ANALISA A OBRA OMO-OBA: HISTÓRIAS DE PRINCESAS, DA AUTORA KIUSAM DE OLIVEIRA, QUE MOSTRA A TRADIÇÃO DOS MITOS AFRICANOS DIVULGADOS EM COMUNIDADE KETU, POUCO CONHECIDO PELO PÚBLICO EM GERAL. O DESENVOLVIMENTO DA HISTÓRIA SE DÁ ATRAVÉS DAS AVENTURAS VIVIDAS POR SEIS PRINCESAS DE BELEZAS EXÓTICAS E ENCANTADORAS, QUE EXPRESSAM UM CONCEITO SINGULAR DE CORPO E IDENTIDADE FEMININA, AS QUAIS PODEM REPRESENTAR NÃO SÓ A MULHER NEGRA, MAS TODO UM PÚBLICO FEMININO EM GERAL. CIENTE DA RELEVÂNCIA DA REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM PRINCESA PARA A CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES DOS LEITORES, NOSSO TRABALHO TEM COMO OBJETIVO RELACIONAR AS PRINCESAS CLÁSSICAS DE MATRIZES EUROPEIAS COM AS PRINCESAS AFRO-CONTEMPORÂNEAS, E IDENTIFICAR OS ASPECTOS SEMELHANTES E DIVERGENTES VINCULADOS À ESSAS REPRESENTAÇÕES, POSSIBILITANDO DESSE MODO, REFLEXÕES SOBRE A DIVERSIDADE ÉTNICO - CULTURAL E O ENSINO LITERÁRIO. NOS MODELOS ANALISADOS PERCEBEMOS CONTEXTOS SOCIOCULTURAIS DISTINTOS, QUE INFLUENCIAM DIRETAMENTE NA CONSTITUIÇÃO (POSITIVA OU NEGATIVA) DA PERSONAGEM PRINCESA, DAÍ EVIDENCIA-SE A IMPORTÂNCIA DE UM TRABALHO PEDAGÓGICO REFLEXIVO PARA A CONSTRUÇÃO INDENTITÁRIA E CONCEITUAL DE “EMPODERAMENTO” FEMININO, OU SEJA, O RECONHECIMENTO DO REAL VALOR DA MULHER NA SOCIEDADE. PARA ATINGIR TAIS OBJETIVOS UTILIZAMOS COMO SUPORTE TEÓRICO AS CONTRIBUIÇÕES DE DORIA (2008); OLIVEIRA (2009) E KHÉDE (1990).