A representação da mulher negra na literatura brasileira quase sempre tem sido carregada de estereótipos negativos, principalmente com a representação da figura da mulher escrava, submissa e lasciva. Somente mais recentemente é que a literatura passa a registrar uma nova identidade, marcada por aspectos positivos de luta e resistência. O presente trabalho faz parte de uma pesquisa do PIBIC, realizada na UEPB, durante o último semestre de 2015. Nesta investigação, propõe-se apresentar a análise de textos de cordéis da poetisa Jarid Arraes, destacando, desse universo, as produções literárias, que dão ênfase à biografia das heroínas negras brasileiras. O foco está em verificar a representação de uma identidade positiva da mulher negra, no período Pré-abolicionista no Brasil. Para tanto, pretende-se destacar, desse universo, as produções literárias, que dão ênfase à biografia das heroínas negras brasileiras desse período: Dandara dos Palmares, Luisa Mahin, Aqualtune, Tereza de Benguela e Tia Simoa. A pesquisa busca analisar por meio dos cordéis de que forma essas mulheres negras lutaram e resistiram às formas de exploração, preconceito e discriminação. Assim, a construção discursiva em função da concepção e reconhecimento das diversidades étnico-racial, com suas especificidades no processo de construção sociocultural do país, fará parte dessa dinâmica de análise.