Introdução: O processo de envelhecimento envolve diversos aspectos que se ligam a condições físicas, emocionais, cognitivas, psíquicas e neurológicas nos indivíduos. Dessa forma, o envelhecer acontece de maneira gradativa e constante, pois o ciclo da vida é rotativo. A fase idosa em muitos casos é vista sob a óptica negativa, enfocando apenas nos fatores estruturais e nas mudanças que acontecem no organismo. Contudo o envelhecimento é um processo significativo, que segundo a perspectiva particular pode traz grandes benefícios aqueles que inserem-se nesta fase. Assim, dependendo da visão que se tenha o “ser idoso” leva a refletir sob aspectos positivos e negativos, tomando por base as experiências vividas. Partindo dessa premissa é possível afirmar que a fase tardia do desenvolvimento engloba tais aspectos e que estes podem ser medidos na vida dos indivíduos. Deste modo, o afeto, segundo componente do bem-estar subjetivo, é composto pelas respostas afetivas das pessoas, incluindo afetos prazerosos e desprazerosos. O afeto positivo reflete o quanto uma pessoa está sentindo-se entusiástica, ativa e alerta, enquanto o afeto negativo é uma dimensão geral da angústia e insatisfação, o qual inclui uma variedade de estados de humor aversivos, incluindo raiva, culpa, desgosto, medo. Tais fatores podem ser avaliados pela Escala de Afetos Positivos e Negativos (EAPN) a qual foi formulada por Diener e Emmons (1984) para avaliar a valência dos afetos, tendo sido realizados estudos recentes que comprovam a adequação dos seus parâmetros psicométricos. Objetivo: avaliar os efeitos positivos e negativos em idosos relacionando ao gênero. Metodologia: Participaram da pesquisa vinte idosos sendo (50 %) do sexo masculino e (50%) do sexo feminino variando em idade entre 64 e 85. Para coleta de dados utilizou-se a Escala de Afetos Positivos e Negativos (10 itens). Tal instrumento aborda respectivamente estados emocionais que indicam condições próprias de como os indivíduos estão se sentindo ultimamente, numa escala de 1 (nada) e 7 (extremamente). A análise dos dados efetuou-se por meio do SPSS-V20. Resultado: De acordo com os dados obtidos percebeu-se que nos estados de “feliz”, “satisfeito” e “preocupado” as mulheres apresentam escores maiores que os homens, o que remete a associar diretamente a categoria e as características pertinentes do gênero, tendo em vista a facilidade que as mulheres têm de apresentarem-se mais vulneráveis para tais condições. Contudo nos estados “alegre” e “frustrado” os escores para ambos os gêneros foram iguais. Conclusão: Percebe-se a significativa diferença no tocante aos estados emocionais entre o gênero masculino e feminino, portanto isso pode variar tanto pelas características próprias de cada categoria quanto pelas formas de reação antes a situações diversas que os mesmos apresentam. Isso implica dizer que no idoso, os estados emocionais com relação ao gênero se faz presente independente da fase.