Introdução: O carcinoma mucoepidermóide (CME) é um tipo raro de neoplasia que acomete as glândulas salivares, sendo este o mais comum dentre estes tumores. Histologicamente, o CME é classificado em três graus de malignidade (baixo intermediário e alto). O de alto grau histológico pode apresentar ulceração, reabsorção óssea e linfadenopatia. A glândula salivar maior mais acometida geralmente é a parótida e dentre as glândulas acessórias é o palato mole. A faixa etária acometida geralmente é de 6 a 96 anos, onde a maior parte dos casos novos surge ente a 4ª e a 6ª década de vida. Objetivo: Descrever a experiência da assistência de Enfermagem prestada à pessoa idosa acometida com CME. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter reflexivo, na modalidade relato de experiência, como resultado das aulas práticas do componente curricular Saúde do Adulto II, realizado na cidade de campina Grande/PB, nos meses de setembro e outubro de 2012 em um Hospital Universitário. Esta vivência possibilitou a reflexão acerca da Assistência de Enfermagem à pessoa idosa na clinica cirúrgica. Relato de experiência: O primeiro contato estabelecido com a idosa ocorreu durante a visita pós-operatória. A cirurgia para ressecção do tumor foi realizada no turno da manhã, onde a mesma foi encaminhada para a clínica cirúrgica imediatamente após o procedimento cirúrgico. Durante a visita, estava acompanhada por parente que cuidava com desvelo da idosa. Entretanto, a família optou por não conscientizá-la acerca da patologia que a acometia. Sabe-se que o câncer é temido pela maioria das pessoas, sendo os idosos os que parecem ter mais receio desta patologia. Entretanto, respeitando os limites de cada individuo, a Enfermagem deve estimular ao máximo a autonomia da pessoa idosa, para que esta seja sujeito ativo de sua terapêutica e de sua história. Então, fica a reflexão a respeito das relações familiares e até que ponto a Enfermagem deve interferir. É certo que os profissionais não podem promover um ambiente de desconforto, entretanto essa situação não pode ficar omissa. A preferência deve ser dada a uma conversa entre enfermeiro e família a respeito da situação, para que a seja tomada uma decisão que preze pelo direito a autonomia do idoso. Ao final da visita, a idosa e a acompanhante mostraram-se satisfeitas com a visita, ressaltando que estavam surpresas por receber assistência de boa qualidade em um hospital público. Essa fala permitiu-nos refletir a respeito do tipo de assistência de enfermagem essas pessoas foram submetidas. A visita pós-operatória realizada não contou com nada de diferencial do que é preconizado pelo processo de Enfermagem e Sistematização da Assistência de Enfermagem. Conclusão: Por fim, ficou a certeza de que ao realizar a assistência integral com qualidade, atenção, respeito, utilizando os conhecimentos e teorias de enfermagem existentes, o cliente responde positivamente a nossa presença, e assim, alcançamos o grande objetivo da Enfermagem, o cuidar.