A educação inclusiva tem despertado a atenção para a diversidade, sendo alvo de grandes discussões no sentido de minimizar a incompatibilidade entre igualdade e diferença, aproximando assim, os diferentes segmentos sociais, mais especificamente, as instituições educacionais, numa amplitude que se estende da Educação Infantil às universidades.
Nesta perspectiva, justifica-se esta pesquisa por se referir à prática de inserção de todas as pessoas no ambiente escolar, independente da deficiência, origem cultural ou origem socioeconômica, e as quais visem atender às necessidades dos alunos como um todo. É de suma importância conhecer o educando, suas origens e necessidades educativas especiais, para que haja um auxilio de forma eficiente.
Diante disso, o objetivo deste trabalho é apresentar informações referentes ao perfil dos docentes do Centro de Apoio Pedagógico para deficientes visuais em Roraima, bem como se eles estão usando a Tecnologia Assistiva para auxiliar o ensino-aprendizagem e desenvolvimento de habilidades lúdicas nos deficientes visuais.
A amostra populacional selecionada foi professores do Centro de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais (CAP/DV) no município de Boa Vista, Estado de Roraima. No qual, o instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com questões abertas e fechadas.
Em relação ao perfil dos 17 entrevistados, pode-se descrever que 12% são do gênero masculino e 88% feminino, nos quais 3 tem ensino superior e 14 pós-graduação. No que se refere ao estado civil: 8 são casados, 7 são solteiros, 1 é viúvo e 1 é divorciado/separado. Dentre as faixas etárias dos participantes, têm 5 acima de 50 anos, 1 entre 41 e 49 anos, 6 entre 30 e 40 anos e 5 entre 18 e 29 anos.
Referente às informações de uso de Tecnologia Assistiva, obteve-se as respostas a seguir. Quanto à pergunta se existe alguma ferramenta tecnológica, como laboratório de informática, que se utiliza para auxiliar no aprendizado dos alunos, a resposta unânime foi sim. Dos entrevistados, 3 informaram ser ótima a situação das ferramentas disponíveis, 10 informaram ser boa e 4 regular. Todos informaram ter disponibilidade de tempo para desenvolvimento das atividades dos alunos. Com relação à frequência de uso do laboratório com os alunos, 5 responderam todos os dias e 11 informaram uma vez por semana. Em relação ao tempo de uso dos laboratórios, 2 informaram ser pouco, 8 informaram ser razoável, 7 informaram ser bom e ninguém informou ser excelente.
Com relação à pergunta: Além do laboratório existe outra tecnologia disponível, 94% informaram ter outras tecnologias que são usadas no ensino/aprendizagem e 6% informaram não usar outra tecnologia além dos laboratórios. As outras tecnologias informadas pelos participantes foram: Braille, máquinas perkins, impressoras, rádio, reglete, pulsão, entre outros.
A tecnologia assistiva deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência. Pode-se dizer que o objetivo maior dela é proporcionar à pessoa com deficiência, a autonomia, independência funcional, a qualidade de vida e a inclusão escolar e social.