Esta pesquisa tem como proposta a análise da trajetória educacional e história de vida de uma jovem indígena pertencente à etnia Tentehar/Guajajara. Objetiva refletir como se deu o processo de aprendizagem da jovem nas escolas regulares da educação básica; trajetória e desafios no ensino superior; suas relações interétnicas na cidade; as relações entre sua trajetória na educação formal e seu processo identitário. Utilizam-se como procedimentos metodológicos de coleta um questionário com perguntas discursivas e como metodologia de análise se baseia nos pressupostos da “história de vida”. Para referendar as análises, trabalha-se com a perspectiva pós-colonial para a compreensão das relações de poder interétnicas, tal como em Alcântara (2015) e Coelho (2002). Conclui-se que apesar de todo marco legal dos direitos iguais, ainda persiste em Grajaú-MA muito preconceito e discriminação. Essa realidade atravessa o processo de construção de identidade e a vida educacional da jovem pesquisada, como uma manifestação da colonialidade.