INTRODUÇÃO: vivenciamos um momento desafiador nas políticas públicas de saúde, tanto no que diz respeito à saúde do idoso quanto aos novos modelos de atenção ao uso abusivo de drogas e álcool. O contexto atual, com crescente aumento no número de idosos e na demanda nos CAPSad, requer a construção de ações mais direcionadas que viabilizem a prevenção e reabilitação dessa faixa etária de usuários. OBJETIVO: identificar o perfil epidemiológico dos idosos usuários de substâncias psicoativas atendidos em CAPSad. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão sistemática na literatura médica, na qual a busca de referências relevantes se fez a partir de levantamento de artigos indexados no banco de dados eletrônicos do LILACS, acessados através da Biblioteca Virtual de Saúde (fevereiro de 2013). Incluíram-se apenas estudos em língua portuguesa, compreendendo os anos de 2010 a 2012, baseados nos descritores em ciência da saúde – idosos e drogas. Encontrou-se 11 artigos, dos quais 2 foram excluídos por não contemplar a temática da forma objetivada pelos autores. RESULTADOS: observa-se que a maior parte dos idosos é do sexo masculino; são encaminhados pela família, possuem ensino fundamental incompleto, vivem com uma renda de no máximo um salário mínimo; declararam-se, majoritariamente, usuários de álcool e trata-se da faixa etária que oferece menos resistência ao tratamento. CONCLUSÃO: ainda é muito reduzido o número de idosos que buscam por assistência especializada. Desse modo, torna-se imprescindível um estudo mais aprofundado das especificidades desse grupo usuário do CAPS AD, para que se possa fazer uma intervenção terapêutica adequada e se promova um acesso à saúde integral e de qualidade, bem como busca ativa e práticas de planejamento efetivas.