Introdução: A urostomia consiste em um procedimento cirúrgico pelo qual é feita uma nova via de saída da urina, através da parede abdominal, quando há alguma grave disfunção do sistema urinário. Quando esta é a confeccionada em uma pessoa idosa representa uma dificuldade ainda maior, devido ao processo de envelhecimento, que envolve múltiplas mudanças. Assim, objetivou-se investigar o perfil dos idosos urostomizados atendidos no Centro Especializado em Reabilitação e Habilitação do Rio Grande do Norte (CERHRN). Metodologia: pesquisa transversal, retrospectiva, com abordagem quantitativa, realizada no período de janeiro a dezembro de 2015, com 37 urostomizados ativos, cadastrados na AORN e atendidos no CERHRN. A coleta de dados foi realizada com base na observação documental dos prontuários das pessoas com urostomia. Resultados: 21 (56,8%) eram do sexo masculino e 16 (43,2%) do sexo feminino. No que se refere ao estado civil, a maioria do sexo masculino eram casados (45,9%), enquanto que as do sexo feminino, a maioria eram viúvas (18,9%). Quanto à profissão, os homens concentram-se como Aposentado/Pensionista/Beneficiário (21,6%), enquanto que as mulheres são do lar (10,8%). Os diagnósticos mais frequentes foram os de câncer de bexiga (56,8%), lesão de bexiga (8,1%) e carcinoma urotelial (8,1%). Conclusão: verificou-se, portanto, que é de grande importância o conhecimento das características sóciodemográficas pelo profissional de enfermagem, para auxiliar os idosos urostomizados na sua adaptação frente ao envelhecimento, considerando-se que a confecção de uma urostomia somada ao processo de envelhecer repercute nos vários aspectos na vida de uma pessoa, independente do sexo. Além disso, a partir do perfil educacional, foi possível depreender a necessidade da equipe de enfatizar uma educação em saúde voltada para os direitos dos ostomizados.