As quedas sofridas pelos idosos têm sido um problema de saúde pública negligenciado em muitas sociedades, particularmente no mundo em desenvolvimento. O presente estudo teve como pretende verificar o conhecimento do idoso sobre os riscos de quedas em seu domicilio, apontando os locais de maior perigo na visão da pessoa idosa e compara-lo aos riscos de quedas apontados na literatura. A amostra foi constituída de 30 idosos pertencentes a zona rural do município de São José de Mipibu-RN/ Brasil. Foi identificado que 63,3% dos idosos relataram ter sofrido alguma queda no último ano, destes caidores, 13,3% sofreram mais de uma queda. O ato de cair ao tropeçar ou chegar ao chão sem consequências ou sequelas não foi considerado pela maioria dos idosos como queda. Os idosos relatam que o conhecimento da existência de batentes, desníveis ou tapetes soltos diminui o risco de quedas. O local de maior frequência de quedas foi no interior do domicílio. Os maiores riscos para quedas citados no domicílio de pessoas idosas foram relacionados à iluminação, móveis, desníveis de piso, dentre outros. Apenas 16,85% das entradas das casas eram seguras, as escadas não possuíam corrimão e não foi citada a intenção de construí-los. 40,5% das salas possuíam obstáculos pelo caminho e em 90% dos banheiros o piso era inadequado e em 100% não havia barra de proteção. A cozinha se apresentou como cômodo de menor risco.