A exploração racional de Galinhas da Angola (Numida meleagris galeata) pode ser um negócio rentável e sua viabilidade econômica está intimamente ligada ao manejo adequado e capacidade empreendedora do produtor. Objetivou-se com este estudo avaliar a viabilidade e oportunidade de mercado na criação de Galinhas da Angola como parte do setor avícola. As coletas de dados ocorreram ao longo do ano de 2014 e meados de 2015 em dois municípios do Ceará (Maracanaú e Cascavel). Verificou-se que ao atingirem 100 dias de idade quando apresentam no mínimo, 1,5 kg/ave, são abatidas, atingindo uma média de abates de 3.000 aves/mês, comercializadas pelo valor de R$ 16,00 Kg. Toda a produção é escoada na Grande Fortaleza e municípios vizinhos, tendo como público alvo, os restaurantes (70%), frigoríficos (28%) e pessoas que adquirem individualmente as aves já abatidas, direto com os produtores (2%). Observou-se que o pequeno produtor que recebe 160 pintos, no final da produção de cada lote, poderá lucrar até R$ 400,00/ciclo de criação, com valor recebido de R$ 2,50/ave, onde poderá lucrar até R$ 800,00/mês quando são entregues dois lotes sem nenhum custo já que toda a despesa com manejo alimentar e sanitário é custeado pelo produtor distribuidor. O sistema semi-intensivo de produção é o mais indicado para a criação comercial, por permitir uma maior qualidade vida às aves, pré-requisito que permite um sabor característico a carne, fugindo assim dos padrões dos frangos e galinhas criadas em total confinamento. A criação de Galinhas da Angola mostra-se viável, devido sua boa aceitação pelo mercado consumidor que busca cada vez mais alimentos alternativos e de qualidade, e por garantir uma diversificação e renda extra aos sistemas de produção avícola dos municípios de Maracanaú e Cascavel.