O presente artigo tem por objetivo promover o diálogo da permanência das mulheres/educandas que precisam levar suas crianças consigo para a escola como astúcia/tática de permanência sob a ótica das categorias Ser Mais de Paulo Freire e Aridez Mental de José de Souza Silva a fim de localizar o contexto, os discursos e os sentidos de uma educação contextualizada no Semiárido brasileiro. Com o propósito de responder à problemática fez-se a opção pelo enfoque fenomenológico hermenêutico, tendo na interpretação do fenômeno estudado a base para a construção da compreensão do objeto de estudo. Nesse sentido, o método de pesquisa foi de cunho qualitativo-descritivo, o que exigiu uma maior presença do pesquisador no campo de pesquisa e junto aos sujeitos para melhor compreender e interpretar o contexto no qual estes se fazem presentes. Quanto às técnicas de desvelamento das informações, estas foram desenvolvidas e materializadas através de diálogos/entrevistas com questões abertas, permitindo uma maior interação com os sujeitos da pesquisa sem se perder o rigor exigido pela pesquisa. A partir do desenrolar da pesquisa obtivemos subsídios teóricos que deram fundamentação conceitual e epistemológica para nossa reflexão no sentido de denunciar as dificuldades de permanência e conclusão dos estudos na EJA por parte das mulheres educandas é insistir em evidenciar a biofilia da permanência e não a necrofilia da evasão. É, sobretudo apresentar a boniteza que há no descobrir-se como ser mais e como movimento de superação da aridez mental.