Os meliponíneos, também denominados de abelhas nativas sem ferrão ou abelhas indígenas, apresentam importância para os bioamos onde ocorrem, incluindo a Caatinga, visto que são agentes de polinização de muitas espécies vegetais nativas. Além disso, através da meliponicultura é possível extrair, de forma sustentável, vários produtos dessas abelhas como o pólen, a geoprópolis e o mel, que tem alcançado preços elevados no mercado. Considerando-se a importância dessas espécies, objetivou-se discorrer acerca das principais características do mel produzido pelas abelhas sem ferrão, assim como incluir informações relacionadas com as principais espécies de meliponíneos e processamento do produto mais nobre produzido por elas, o mel. De acordo com os resultados da consulta bibliográfica, percebeu-se que existem grandes diferenças em relação à composição físico-química dos méis de abelhas nativas em comparação aos méis de abelhas Apis mellifera, especialmente em relação ao conteúdo de umidade, sólidos insolúveis, acidez livre que se apresentam mais elevadas nos primeiros méis, enquanto que a atividade diastásica e a açúcares redutores. Por isso muitos estudos investigativos têm sido conduzidos para propor a elaboração de uma legislação específica que trate dos padrões de qualidade dos méis de meliponíneos. Em relação à extração e processamento do mel, deve-se ter cuidado com a coleta, para não destruir a colméia das abelhas, assim como é recomenda a aplicação de desumidificação e pasteurização com o intuito de aumentar a vida útil do produto, visto que estes méis apresentam elevado conteúdo de umidade.