As escolas públicas do Cariri Paraibano têm um público alvo que em maioria são filhos de agricultores que trabalham na agropecuária, utilizando a vegetação nativa para diversas finalidades e não se encontram sensíveis em relação ao processo de uso e conservação destas espécies que são importantes para atender as necessidades das populações locais que dependem destes recursos florísticos para sobreviver. O Cariri paraibano é uma das regiões mais seca e devastada do semiárido brasileiro. Assim, torna-se importante a realização da pesquisa em Educação Ambiental na escola, voltada para a identificação da percepção que estes alunos apresentam em relação à vegetação nativa local para posteriormente se trabalhar no processo de sensibilização. Entretanto, objetivou-se identificar a percepção dos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio “Dep. Álvaro Gaudêncio de Queiroz” no município de Santo André/PB, em relação às espécies vegetais nativas, considerando o conhecimento em relação à flora nativa, as espécies utilizadas pelas suas famílias e sua conservação. O trabalho teve início em 2013 com término em 2014, através da aplicação de questionários semi-estruturados e a análise dos dados realizou-se de forma quali-quantitativa. Estes dados foram posteriormente analisados e trabalhados nas disciplinas de biologia e geografia através da pesquisa ação. Os alunos em maioria conhecem as espécies vegetais nativas, enquanto que uma minoria desconhece. Destacaram 37 espécies, destas 25 nativas e 12 exóticas. As famílias dos alunos utilizam 37 espécies, destas 23 nativas e 14 exóticas, sendo utilizadas para diversos fins, se destacando para ração animal, devido ser uma região extremamente seca e para lenha (combustível). Detectou-se que 56,6% dos alunos não sabem opinar sobre a quantidade de espécies que se encontram vulneráveis e/ou em risco de extinção e nem em relação a sua conservação. No entanto, necessita-se sensibilizar o alunado para que possa entender como ocorre à dinâmica de uso e conservação destas espécies, utilizando-se de estratégias de conservação, porque são eles os protagonistas sociais do futuro.