Artigo Anais I CONIDIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

O “ESTUPRO DA TERRA” INDÍGENA COM A IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO, ETNIA PIPIPÃ, FLORESTA, PERNAMBUCO

Palavra-chaves: SAÚDE INDIGENA, DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE, INJUSTIÇA AMBIENTAL Comunicação Oral (CO) GT 08 - Sociodiversidades e comunidades tradicionais no semiárido
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Publicado em 09 de novembro de 2016

Resumo

O artigo resultou de pesquisa e analisou os processos de vulnerabilização com a implantação das obras da transposição do Rio São Francisco, território e Etnia Pipipã, município de Floresta, Pernambuco. O estudo abordou o objeto na perspectiva da determinação social da saúde e foi conduzido a partir da compreensão da situação de saúde vista na perspectiva da teoria dos sistemas complexos, segundo Juan Samaja (2000). Foi realizado um estudo de caso e usada à técnica qualitativa de coleta e análise de dados. A área do estudo foi o município de Floresta, que se encontra inserido na Mesorregião do Submédio São Francisco, semiárido e dista 433 km de Recife. É no município que tem início o Eixo Leste da transposição. Sujeitos do estudo: a população indígena Pipipã que totaliza 1.362 pessoas. Para a definição da amostra, foram consideradas as Aldeias diretamente afetadas: Tabuleiro do Porco, Caraíbas, na localidade de Lagoa Rasa. Período do estudo: 2007 a 2016. Fontes de dados e instrumentos de coleta: dados secundários. Dados primários: entrevistas. Os resultados demonstraram que a implantação das obras da transposição nas Aldeias diretamente afetadas representou para os índios Pipipã um “estupro da terra”, ou seja, uma violação da terra sagrada e gerou processos socioambientais de vulnerabilização, incluindo Injustiças ambientais, violações de direitos humanos e territoriais, invizibilização e exclusão da comunidade.

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