No baile histórico das Braúnas/Baraúnas nas décadas de 1950 e 1960, adentramos o terraço construído entre a capela e a bodega de Zé Lourenço como espaço privilegiado de lazer e sociabilidades. Procurando problematizar as relações de gêneros e identidades colocadas junto aos eventos realizados neste espaço, adentramos as práticas culturais do boi de reis. Sendo o terraço construído a partir do jogo do instituído, mas também dos cruzamentos de móveis, da participação cotidiana dos sujeitos, ele colocara-se enquanto produtor de sensibilidades dos gêneros e possível reprodutor dos códigos sociais e culturais vigentes. Para que pudéssemos elaborar tais reflexões, fizemos uso das narrativas orais de memórias, postas pela metodologia da história oral.