O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a influência dos fungos micorrízicos arbusculares no desenvolvimento da espécie, Varronia leucocephala (Moric.) J. S. Mill, a qual possui sinonímia científica Cordia leucocephala Moric., é uma planta restrita à vegetação de Caatinga, sendo que a importância do estudo da família Boraginaceae deve-se não apenas à sua grande riqueza de espécies e complexidade taxonômica, mas também pelo fato de apresentar grande potencial medicinal. Tendo em vista que essa espécie possui grandes dificuldades na propagação vegetativa por estacas e que o pleno desenvolvimento das mudas após a sua produção, depende dentre outros fatores das relações simbióticas que estas estabelecem com a biota do solo, fatores do qual se destaca a simbiose entre plantas e fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) entre os principais sistemas biológicos envolvendo plantas e microrganismos. O trabalho foi realizado na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN, durante os meses de Fevereiro a Maio de 2016, em casa de vegetação. Os inóculos dos fungos micorrízicos Gigaspora albida, Acaulospora longula Claroideoglomus etunicatum, Glomus clarum, cedidos pela Universidade Federal de Pernambuco, foram multiplicados em areia autoclavada (1210C 1 ATM por 1h e colocada em estufa de circulação forçada por dois dias) mais Vermiculita Expandida ® em casa de vegetação, utilizando como planta hospedeira o Panicum milaceum (Painço). Para tanto, o solo proveniente do local de ocorrência da espécie (próximo a UERN), foi coletado, levado ao laboratório e misturado a húmus na proporção (3:1) e autoclavado a uma temperatura de 121 0C 1 ATM durante uma hora e em seguida colocado em estufa de circulação forçada por dois dias. Formulando assim, no substrato utilizado no experimento.
O material vegetal coletado foi retirado de plantas matrizes, seccionado em estacas com 15 cm de comprimento. Em seguida as estacas foram imersas em uma solução contendo o hormônio AIB na concentração de 1500 mg L-1 acrescidas de zinco por 10 minutos. Após esse período, as estacas foram plantadas em vasos de 8 L contendo o substrato misturado com 200g de solo-inóculo (raízes colonizadas mais solo com esporos) de Acaulospora longula, Gigaspora albida, Glomus clarum e Claroideoglomus etunicatum constituindo os tratamentos (T2, T3, T4 e T5) respectivamente. E para fins comparativos, estacas foram plantadas em vasos contendo apenas o substrato constituindo o tratamento controle (T1). Aos 70 dias após o período experimental foram feitas as análises: porcentagem de colonização micorrízica e a densidade dos esporos.