O feijão caupi é uma espécie bastante cultivada no Nordeste Brasileiro, sendo considerada uma importante fonte de proteína para a população local. Porém, a irregularidade das chuvas ainda é um fator limitante à produção agrícola nesta região. Destaque-se que o ácido salicílico pode ser utilizado como indutor de tolerância ao estresse hídrico. Nesse sentido, objetivou-se com este trabalho avaliar a germinação de 6 cultivares de feijão caupi submetidas a aplicação de ácido salicílico em diferentes potenciais hídricos induzidos por polietilenoglicol 6000. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Ecofisiologia de Plantas Cultivadas (ECOLAB), localizado no Complexo Integrado de Pesquisa Três Marias, pertencente à Universidade Estadual da Paraíba, Campus I, Campina Grande-PB, durante os meses de janeiro e junho de 2014. A mesma constou da combinação fatorial de 6 cultivares de feijão caupi submetidos a 3 condicionamentos durante a pré-semeadura (SE = sem embebição; AS = embebição em ácido salicílico (10-5 M) e AD = embebição em água purificada, ambas durante o período de 8 horas) e 5 potenciais hídricos, induzidos por polietilenoglicol 6000 (-1,0; -0,8; -0,6; -0,4 e 0 MPa, para o potencial de 0 MPa foi utilizado apenas a água purificada), totalizando 90 tratamentos. As sementes foram tratadas com fungicida e submetidas aos respectivos condicionamentos (SE, AS ou AD) durante oito horas. Após esse período, as sementes foram distribuídas em caixas de acrílico contendo quatro folhas de papel Germitest® previamente umedecidas com as soluções osmóticas de polietilenoglicol 6000 na proporção de 2,5 g g-1 de papel. As caixas foram alocadas em câmara de germinação regulada a 27 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas. O consumo hídrico foi monitorado diariamente por meio da pesagem das caixas contendo as sementes e a reposição de água foi efetuada até atingir a massa inicial. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com 5 repetições, sendo a parcela experimental composta por 20 sementes. A porcentagem final de germinação das diferentes cultivares foi reduzida com o aumento da restrição hídrica, principalmente, nas sementes acondicionadas sem embebição durante a pré-semeadura. O índice de velocidade de germinação das cultivares de feijão caupi foi mais sensível à redução do potencial hídrico do que a porcentagem final de germinação em todas as condições avaliadas. As maiores porcentagens de germinação foram obtidas com a embebição das sementes em água destilada ou ácido salicílico. As cultivares BR17 Gurguéia e BRS Itaim tiveram as menores reduções na porcentagem e velocidade de germinação com a embebição das sementes. A aplicação de ácido salicílico durante a pré-semeadura induziu a tolerância na cultivar BRS Itaim em condições moderadas de déficit hídrico (-0,4 a -0,8 Mpa).