A Caatinga está entre os biomas que mais sofreram mudanças devido à intervenção humana, donde 80% de seus ecossistemas originais já foram alterados e pouco mais de 1% está em Unidades de Conservação de Proteção Integral. Deste modo percebe-se a urgência de uma Educação Ambiental crítica e contextualizada para a realidade do Semiárido. Assim o objetivo desta pesquisa foi identificar as percepções ambientais dos professores da EJA de uma escola pública na cidade de São José dos Cordeiros-Paraíba. Trata-se de uma pesquisa qualitativa utilizando de pressupostos da Etnografia Escolar e da Pesquisa Participante, na qual foram aplicados questionários a nove docentes que lecionam na EJA. A partir da análise dos dados a maior parte dos docentes relaciona MA como lugar para viver e EA como disciplina curricular. Os animais e vegetais mais citados são tatupeba e mandacaru, já os principais impactos ambientais explicitados foram o desmatamento e a poluição. Ao questionar sobre Educação Contextualizada para o Semiárido a maioria das respostas adentra na constituinte biomas, que seria estudar os biomas, principalmente o bioma Caatinga. Deste modo, a maiorias das percepções dos professores sobre MA e EA denotam uma visão simplista e naturalista, restringindo-se a processos de conservação e de atividades pragmáticas. Os professores conhecem, em sua grande maioria, os animais e vegetais típicos da região, assim como também acontece com os impactos ambientais. Os resultados iniciais obtidos nesta pesquisa subsidiarão a execução de formação continuada numa perspectiva emancipatória, entendendo a necessidade de pesquisas em relação à percepção ambiental antes de se determinar quaisquer atividades de intervenção.