Para melhor compreensão do funcionamento de banco de sementes em ecossistemas semiáridos, é indispensável ponderar ainda a influência da vegetação e da topografia na modificação espacial do escoamento da água. Conhecer a dinâmica do banco de sementes é de essencial importância para compreender a distribuição das sementes no solo. Pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de averiguar o manejo de coberturas vegetais de culturas em rotação/sucessão, em experimentos. Nas literaturas consultadas foram identificadas distintas definições para banco de sementes, alguns autores são mais criteriosos e detalhistas, enquanto outros o foco principal é descrição e composição geral dos indivíduos que compõem o banco de sementes do solo. A relevância do banco de sementes para a regeneração das florestas tropicais está pautada no estabelecimento de grupos ecológicos, como o das pioneiras, e com a restauração da riqueza de espécies arbóreo-arbustivas. Recentemente, estudos desenvolvidos sobre espécies de ervas daninhas que formam o banco de sementes em solos agricultáveis, relatam como estas espécies tem um potencial alto de sobrevivência aproveitando-se do manejo do solo pelo homem para desenvolver-se em condições ótimas, e competem por água e nutrientes com as espécies cultivadas. Para conseguir boa rentabilidade agrícola, o produtor deve minimizar a propagação de espécies competidoras no campo. Assim, o manejo do banco de sementes de ervas daninhas é uma questão fundamental para o planejamento agrícola e resultados significativos na colheita que se almeja. O conhecimento da dinâmica de germinação e emergência de propágulos de plantas daninhas em diferentes profundidades do solo é fundamental para a proposição de métodos mais racionais e eficientes de seu manejo. A dispersão das sementes sofre influencias de inúmeros fatores, sendo a disponibilidade de água o de maior importância, uma vez que outros como, energia, temperatura, luminosidade, sombreamento, densidade, profundidade, compactação do solo e tamanho da semente afetam direta ou indiretamente a germinação, quando um desses fatores não ocorre ou em deles deixa de existir as sementes tornam-se dormentes novamente e não completa o seu estado fenológico (a germinação). Devido a carência existente na literatura, no tocante às espécies forrageiras da caatinga, faz-se necessário implementar novos estudos com o intuito de conhecer, compreender e executar as melhores formas de manipulação e utilização das espécies existentes nesse bioma, bem como as técnicas de conservação, processamento e armazenamento de alimentação animal como: a produção de feno e silagem na estação de estiagem utilizando as plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas no semiárido paraibano.