Esse artigo objetiva analisar, como foram significadas e ressignificadas, identidades de gênero e sexualidades, no cenário escolar cubatiense, dos anos de 1980 aos dias atuais. Para esse momento, a pesquisa foi desenvolvida com uma ex-aluna e professora da escola, e a partir de suas histórias de vida, contadas por meio de entrevista oral gravada, fazemos um exercício de (des)construção de concepções discursivas, experienciadas nos corpos que dão vida a escola. Nesse sentido, houve um esforço, para mostrar que categorias como gênero, identidade e sexualidades se alteram no tempo, modificando assim as novas cartografias de pedagogizações e a própria escola. Assim, se problematiza como a escola se tornou uma instituição que marca o silêncio, a disciplina e os dispositivos sobre sexualidades. Para tanto dialoguei teoricamente com Michel Foucault, para pensar “a ordem do discurso” e das sexualidades, somando contribuições de teóricas como Judith Butler e Guacira Lopes Louro de forma mais próxima. Arregimentando questões de gênero, sexualidades e identidades que vem sendo vertiginosamente problematizadas. Demonstrando a urgência de uma reconfiguração do espaço escolar. E a parceria fortuita com o campo da história oral para esse debate.